os sabões “ecológicos” já tiveram mais clientes no mercado português. no entanto, o “aumento exponencial” do preço das matérias-primas para produção de biodiesel, nomeadamente os óleos provenientes da restauração, tornou o custo deste produto desinteressante, assumiu mário cruz, responsável da socipole, em conversa com o diário económico.
assim, no próximo mês, a socipole vai passar a usar 40 a 50% dos óleos usados na mcdonald’s para produzir biodiesel que será vendido a frotas particulares.
e, dentro de um ano, a mcdonald’s portugal poderá ser uma das frotas a utilizar o seu óleo usado como combustível, à semelhança do que já acontece com a sua congénere britânica, assumiu a responsável de comunicação da marca de ‘fast-food’.
“o aumento da produção de biodiesel veio distorcer o preço das matérias-primas deste combustível”, alertou mário cruz.
apesar da subida de preço, o pingo doce mantém-se como cliente da empresa do porto, há três anos, pela “confiança” na socipole e pela experiência neste negócio.
o porta-voz do pingo doce explica que o sabão azul e branco é um produto de procura estável, no qual os ganhos vêm do volume de vendas e não do preço. “é um mercado sem oscilações de procura”, explica o porta-voz do grupo jerónimo martins. “mas é essencial no nosso cabaz de produtos”.
além do cliente pingo doce, a socipole exporta 90% da sua produção para o mercado africano.
o óleo usado, mensalmente, pelos restaurantes portugueses permitem produzir cerca de 320 milhões de sabões de 250 gramas.
actualmente, a mcdonald’s portugal não tem qualquer retorno monetário com a entrega dos óleos usados para produção de sabão. o valor recebido é utilizado na construção da primeira casa ronald mcdonald, um projecto de solidariedade para crianças.
agora, da próxima vez que pagar um euro por batatas fritas médias ou 27 cêntimos por um sabão pequeno azul e branco vai lembrar- -se que são compras com uma ligação especial.
catarina beato

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