pedrosilva Escreveu: ↑segunda set 23, 2019 3:30 pm
Espero que não metam o problema dos FAP eliminados só para cima do consumidor final e esquecer o que a indústria faz... peças/reparações caras e sistemas fechados que não permitem soluções de 3ºs/marca branca. No fim de contas impôr FAP nestes termos foi uma forma de obsolescência programada imposta legalmente. E se desbloqueassem o sistema para haver soluções a preços justo para pôr FAP's em condições sem custar 1/3 do valor dum carro velho?
Mas o problema dos FAP é mesmo dos consumidores.
Muita gente que compra automóveis diesel faz-no por ignorância.
Os novos são comprados por condutores que fazem deslocações curtas e sem nunca entrar na AE. O que destrói os filtros em pouco tempo.
Há duas semanas assisti num concessionário de veículos novos, um cliente que chegou interessado em comprar um utilitário diesel. O vendedor perguntou logo se fazia muitos kms. A resposta foi casa/trabalho/escola... distancias de 5 kms. O vendedor explicou que deveria optar pela versão a gasolina, bem mais barata e evitava um problema certo que seria a avaria do FAP... Mas isto foi com um vendedor competente...
Depois há os importadores de usados que trazem grandes maquinas do estrangeiro a preços fantásticos. Antes de serem entregues ao cliente os FAP já queimados são anulados na oficina da esquina... e são comprados por ignorância ou falta de civismo... ou as duas coisas, a que se dá o nome de "estupidez". Depois andam nas estradas a exibir grandes máquinas com uma nuvem de poluentes atrás... e nem todos os poluentes são visíveis.
A juntar a isto ainda há os reprogramados. Há quem ache que pode transformar um burro de carga num cavalo de corrida. Independentemente da potência um diesel é sempre um burro.
Nunca deveria ter sido permitido motores diesel em ligeiros. Se a questão é o preço do combustível, usem GPL.
Espero que o novo regulamento das inspeções venha acabar definitivamente com o incumprimento descarado da lei.
Qualquer alteração das caraterísticas originais de um veiculo implicam reprovação. Só falta fiscalizar de forma rigorosa e competente.
As peças de substituição, inclusive FAP não são exclusivas do fabricante do carro. Existem peças de diversos fabricantes... Só que em Portugal ainda não existe procura suficiente para justificar produção ou importação em volume.
Nunca vamos conseguir resultados ambientais apelando ao civismo... e também não vamos ter políticos com "tomates" para impor medidas eficazes.
Por isso, vamos continuar com milhares de taxis, TVDE's e autocarros com motores de combustão (maioritariamente a diesel) nas cidades, cara vez mais aviões em aeroportos dentro de cidades, cada vez mais navios...