resioeste
in:a resioeste, empresa responsável pela gestão do aterro sanitário do oeste (aso), no cadaval, está a procurar soluções para resolver o problema dos maus cheiros.
ainda este ano, a empresa multimunicipal pretende vir a construir uma central de valorização energética do biogás, que deixaria assim de ser libertado para a atmosfera e de produzir o dióxido de carbono.
a revelação foi feita à rcl pelo administrador-delegado, damas antunes, sem querer revelar pormenores. “já temos todas as licenças da direcção geral de energia para avançar com a ligação à rede eléctrica nacional”, revelando que está em negociação outra alternativa, que não implicaria o lançamento de concurso público.
se o ministério do ambiente atribuir licença para ter mais capacidade de injecção de energia e reconhecer o interesse público do projecto, a obra poderá assim avançar mais rapidamente. para o responsável, “só há um impedimento neste momento que é a dificuldade de transporte na rede levantada pela direcção geral de energia da maior”, caso venha a ser atribuídos dois megawatts (mw) de potência, enquanto a solução convencional prevê apenas um.
de uma coisa damas antunes tem a certeza: “terá de ser seguramente em 2007 porque não podemos arrastar mais este processo”
a resioeste deverá ter um parceiro na exploração da energia, o que aumentaria a dimensão do projecto.
quanto às receitas, essas estão garantidas e serão uma lufada de ar fresco para a empresa, já que se prevêem lucros anuais na ordem dos 700 mil euros.
entretanto, está já a funcionar um equipamento de tratamento de odores, através da vaporização de ar com um agente neutralizante e, em breve, deverá ser instalado um terceiro queimador de odores.
recorde-se que a associação ambientalista quercus escolheu em janeiro o aso para apresentar no cadaval uma proposta que permitiria reduzir anualmente cerca de um milhão de toneladas de dióxido de carbono e acabar de uma vez por todas com os maus cheiros nos aterros de resíduos sólidos urbanos.
os maus cheiros vindos do aso têm levado a população a exigir o encerramento daquela estrutura que recebe os resíduos dos 14 concelhos da região.
além de ter ultrapassado a capacidade máxima de deposição dos resíduos, o aso liberta odores que têm provocam problemas de saúde às pessoas que residem junto ao perímetro do aso, como alergias nos olhos, dores de garganta e nariz entupido.
a agricultura de subsistência sofre também, já que os terrenos deixaram de produzir desde que o aterro ali foi instalado.
flávia calçada
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