Biodiesel em Angola por Portugueses
-
Autor do tópico - Mensagens: 2150
- Registado: terça jan 24, 2006 6:59 pm
Biodiesel em Angola por Portugueses
empresa portuguesa vai produzir biodiesel a partir de óleo de palma em angola
projecto do grupo atlântica arranca em 2008
data: 18-03-2007
a terra angolana que os portugueses do grupo atlântica pretendem transformar num palmar para produzir biodiesel não passa ainda de um campo de capim alto, ondulado, pontuado de imbondeiros e de um rio de águas castanhas.
a ponte de fernando de noronha, que liga a província do bengo à província do zaire, não está muito longe do sítio onde o pequeno helicóptero allouette vermelho aterra, fazendo curvar o capim.
os engenheiros da afriagro olham o mapa que identifica os 5.000 hectares que o governo de angola lhes concessionou durante 50 anos e que pretendem agora transformar num gigante palmar destinado a produzir óleo de palma para biodiesel.
falam da salinidade dos solos, das máquinas a usar para tornar o terreno arável, da desmatação, ao mesmo tempo que alguns populares e dois agentes do posto da polícia provincial do zaire que se situa nas redondezas se aproximam movidos pela curiosidade.
luís de almeida, o engenheiro agrónomo português que lidera o projecto fala com eles sobre o projecto e de como vai precisar de mão-de-obra, de como vai precisar deles para trabalhar.
a afriagro prevê contratar nas várias fases deste projecto a longo prazo mais de 200 pessoas locais e as suas famílias. com uma frente ribeirinha de 12 quilómetros, de um lado e de outro do rio loge, na zona do ambriz, a afriagro é um projecto de 30 a 35 milhões de euros de investimento que pretende mudar uma zona onde praticamente não há nada, a não ser a agricultura de subsistência.
vista de cima, ambriz pouco mais é do que uma pequena vila de ruas poeirentas localizada num promontório sobranceiro ao mar e ligada ao mundo por uma estrada alcatroada, tapada de areia em vários pontos, que corta o espaço verde onde não se vê vivalma.
o projecto de criação de óleo de palma para produzir biodiesel da afriagro arranca no princípio de 2008 e nesse mesmo ano o grupo atlântica pretende que seja criada uma escola agrária no ambriz que possa formar técnicos, principalmente para serem absorvidos pela própria empresa.
"o projecto arranca em 2008 e estamos a pensar arrancar com a escola agrária no final desse ano na zona do ambriz. é uma zona onde nada existe e para onde a sonangol vai deslocar alguns serviços e, em conjunto, estamos a pensar desenvolver esta escola", afirmou o presidente do grupo atlântica, luís farinha dos santos.
para este empresário português que há 30 anos tem negócios em angola, "é importante que se desenvolvam este tipo de projectos e que se criem escolas de agricultura, sobretudo no norte do país, que as não tem".
a escola prática agrícola na zona da concessão será criada numa parceria com a universidade agostinho neto, o instituto de investigação agrónoma, contando com a colaboração do centro de estudos tropicais para o desenvolvimento (centrop) e o instituto português de apoio ao desenvolvimento (ipad).
a sociedade nacional de combustíveis de angola (sonangol) será o destino da produção de biodiesel da afriagro.
"o biodiesel será todo para consumo interno, para ser integrado no gasóleo da sonangol, o que lhe permitirá exportar mais", explicou farinha dos santos.
a afriagro tem uma participação minoritária de 45 por cento do grupo atlântica, através da sua empresa angolana, atlanfina, e possui três sócios locais: lyon (20 por cento), n'zogi yetu (20 por cento) e coroagest (15 por cento).
farinha dos santos quer convencer também a sonangol a ter uma participação na unidade de refinação do óleo de palma.
para começarem a rentabilizar o projecto mais cedo, os investidores apostaram na produção de mandioca que começa a ser semeada já este ano em 1.000 hectares na província do bengo, mais próximo de ambriz.
a empresa quer atingir a produção de 6.000 toneladas de farinha de mandioca por ano, mas a unidade fabril que pretendem construir irá ter uma capacidade de produção de 21.000 toneladas para absorver a produção de mandioca dos agricultores locais.
no entanto, o cerne do projecto da afriagro é mesmo o biodiesel e, por isso, o grupo atlântica irá apresentá-lo em abril na união europeia para conseguir captar apoios que os 27 destinam ao investimento em energias alternativas.
quanto aos dividendos, farinha dos santos adiantou que tudo depende da dimensão dos apoios obtidos.
"o nosso 'break-even' (recuperação do dinheiro investido) será em função do apoio que obtivermos. no entanto, este não é um projecto com uma rentabilidade imediata e se obtivermos o 'break-even' ao longo dos primeiros cinco anos ficamos satisfeitos", sublinhou o presidente do grupo atlântica.
lusa
in:
http://www.dnoticias.pt/default.aspx?fi ... 3203180307
projecto do grupo atlântica arranca em 2008
data: 18-03-2007
a terra angolana que os portugueses do grupo atlântica pretendem transformar num palmar para produzir biodiesel não passa ainda de um campo de capim alto, ondulado, pontuado de imbondeiros e de um rio de águas castanhas.
a ponte de fernando de noronha, que liga a província do bengo à província do zaire, não está muito longe do sítio onde o pequeno helicóptero allouette vermelho aterra, fazendo curvar o capim.
os engenheiros da afriagro olham o mapa que identifica os 5.000 hectares que o governo de angola lhes concessionou durante 50 anos e que pretendem agora transformar num gigante palmar destinado a produzir óleo de palma para biodiesel.
falam da salinidade dos solos, das máquinas a usar para tornar o terreno arável, da desmatação, ao mesmo tempo que alguns populares e dois agentes do posto da polícia provincial do zaire que se situa nas redondezas se aproximam movidos pela curiosidade.
luís de almeida, o engenheiro agrónomo português que lidera o projecto fala com eles sobre o projecto e de como vai precisar de mão-de-obra, de como vai precisar deles para trabalhar.
a afriagro prevê contratar nas várias fases deste projecto a longo prazo mais de 200 pessoas locais e as suas famílias. com uma frente ribeirinha de 12 quilómetros, de um lado e de outro do rio loge, na zona do ambriz, a afriagro é um projecto de 30 a 35 milhões de euros de investimento que pretende mudar uma zona onde praticamente não há nada, a não ser a agricultura de subsistência.
vista de cima, ambriz pouco mais é do que uma pequena vila de ruas poeirentas localizada num promontório sobranceiro ao mar e ligada ao mundo por uma estrada alcatroada, tapada de areia em vários pontos, que corta o espaço verde onde não se vê vivalma.
o projecto de criação de óleo de palma para produzir biodiesel da afriagro arranca no princípio de 2008 e nesse mesmo ano o grupo atlântica pretende que seja criada uma escola agrária no ambriz que possa formar técnicos, principalmente para serem absorvidos pela própria empresa.
"o projecto arranca em 2008 e estamos a pensar arrancar com a escola agrária no final desse ano na zona do ambriz. é uma zona onde nada existe e para onde a sonangol vai deslocar alguns serviços e, em conjunto, estamos a pensar desenvolver esta escola", afirmou o presidente do grupo atlântica, luís farinha dos santos.
para este empresário português que há 30 anos tem negócios em angola, "é importante que se desenvolvam este tipo de projectos e que se criem escolas de agricultura, sobretudo no norte do país, que as não tem".
a escola prática agrícola na zona da concessão será criada numa parceria com a universidade agostinho neto, o instituto de investigação agrónoma, contando com a colaboração do centro de estudos tropicais para o desenvolvimento (centrop) e o instituto português de apoio ao desenvolvimento (ipad).
a sociedade nacional de combustíveis de angola (sonangol) será o destino da produção de biodiesel da afriagro.
"o biodiesel será todo para consumo interno, para ser integrado no gasóleo da sonangol, o que lhe permitirá exportar mais", explicou farinha dos santos.
a afriagro tem uma participação minoritária de 45 por cento do grupo atlântica, através da sua empresa angolana, atlanfina, e possui três sócios locais: lyon (20 por cento), n'zogi yetu (20 por cento) e coroagest (15 por cento).
farinha dos santos quer convencer também a sonangol a ter uma participação na unidade de refinação do óleo de palma.
para começarem a rentabilizar o projecto mais cedo, os investidores apostaram na produção de mandioca que começa a ser semeada já este ano em 1.000 hectares na província do bengo, mais próximo de ambriz.
a empresa quer atingir a produção de 6.000 toneladas de farinha de mandioca por ano, mas a unidade fabril que pretendem construir irá ter uma capacidade de produção de 21.000 toneladas para absorver a produção de mandioca dos agricultores locais.
no entanto, o cerne do projecto da afriagro é mesmo o biodiesel e, por isso, o grupo atlântica irá apresentá-lo em abril na união europeia para conseguir captar apoios que os 27 destinam ao investimento em energias alternativas.
quanto aos dividendos, farinha dos santos adiantou que tudo depende da dimensão dos apoios obtidos.
"o nosso 'break-even' (recuperação do dinheiro investido) será em função do apoio que obtivermos. no entanto, este não é um projecto com uma rentabilidade imediata e se obtivermos o 'break-even' ao longo dos primeiros cinco anos ficamos satisfeitos", sublinhou o presidente do grupo atlântica.
lusa
in:
http://www.dnoticias.pt/default.aspx?fi ... 3203180307
-
- Membro
- Mensagens: 13
- Registado: terça jan 16, 2007 5:11 pm
Voltar a angola!!!!!!!!!!!!!
alguem tem mai contacto sobre biodiesel em angola .
nao me importava de voltar a angola.
nao me importava de voltar a angola.
-
Autor do tópico - Mensagens: 2150
- Registado: terça jan 24, 2006 6:59 pm
-
- Membro Dedicado
- Mensagens: 57
- Registado: quinta abr 26, 2007 10:36 pm
- Localização: Angola
Angola
boa tarde
o biodiesel em angola , apesar deste pais ser um grande pais de produção de petroleo , e a solução de dar emprego as populações das terras de fim do mundo ( interior de angola) , por exemplo para a produção de energia electrica que neste momento em muitos municipios e feita por geradores , amigos angola não é luanda , no mato e que as pessoas sofrem e a gricultura de subssistencia poderá ser com oleos para produçao de biodiesel
o biodiesel em angola , apesar deste pais ser um grande pais de produção de petroleo , e a solução de dar emprego as populações das terras de fim do mundo ( interior de angola) , por exemplo para a produção de energia electrica que neste momento em muitos municipios e feita por geradores , amigos angola não é luanda , no mato e que as pessoas sofrem e a gricultura de subssistencia poderá ser com oleos para produçao de biodiesel
-
- Staff Member
- Mensagens: 1290
- Registado: quarta mar 22, 2006 12:45 pm
- Localização: Algarve, Marrocos
-
- Membro Dedicado
- Mensagens: 57
- Registado: quinta abr 26, 2007 10:36 pm
- Localização: Angola
Angola
angola não é o el dorado , aqui tudo é complicado e tudo é dificil , vim para cá a primeira vez em 1992 , depois fui voltando pois bebi agua do bengo , estive em 1995/1997/2002 , e voltei outra vez em 2005 , agora aqui quem ganha dinheiro ganha os outros andas atrás de ilusões (é só milhoes e depois andam a contar tostões) esta é a realidade aqui , e maior parte dos portugueses que vem para cá é trolhas das empresas portuguesas .
isto não é o el dorado , da parte do nosso governo o apoio que o eng. socrates fala só foi para as grandes empresas portuguesas teixira duarte , mota engil , galp energia etc. os que precisam ..........
isto não é o el dorado , da parte do nosso governo o apoio que o eng. socrates fala só foi para as grandes empresas portuguesas teixira duarte , mota engil , galp energia etc. os que precisam ..........
-
- Staff Member
- Mensagens: 1290
- Registado: quarta mar 22, 2006 12:45 pm
- Localização: Algarve, Marrocos
-
- Membro Silver
- Mensagens: 140
- Registado: quarta jan 03, 2007 7:20 pm
- Localização: Tomar
olá jl8472
também aí estive a beber água do bengo de 1984 a 1993, foram tempos dificeis, devido á guerra.
mas só quem lá esteve é que sabe a nostalgia que se sente quando deixamos africa.
não estive a trabalhar como trolha, foi um trabalho adequado ás minhas qualificações. no entanto na altura e por via das dificuldades que aqui em portugal enfrentei teria aceitado qualquer coisa. acho que não teria vergonha de o dizer.
felicidades aí em angola .
também aí estive a beber água do bengo de 1984 a 1993, foram tempos dificeis, devido á guerra.
mas só quem lá esteve é que sabe a nostalgia que se sente quando deixamos africa.
não estive a trabalhar como trolha, foi um trabalho adequado ás minhas qualificações. no entanto na altura e por via das dificuldades que aqui em portugal enfrentei teria aceitado qualquer coisa. acho que não teria vergonha de o dizer.
felicidades aí em angola .
-
- Staff Member
- Mensagens: 1290
- Registado: quarta mar 22, 2006 12:45 pm
- Localização: Algarve, Marrocos
espero que não me entendam mal, não tenho nada contra trabalhar como servente, pois já o fiz durante algum tempo (ainda a semana passada fui 2 dias). a questão é que as pessoas que conheço que vão para angola e voltam dizem sempre que aquilo é muito bom, é o paraíso, que trabalham em projectos fantásticos, etc..
e afinal, vai-se a ver...
e afinal, vai-se a ver...
3º sócio novaenergia
-
- Membro Silver
- Mensagens: 140
- Registado: quarta jan 03, 2007 7:20 pm
- Localização: Tomar
olá orbis
na verdade esse é o objectivo de todos os emigrantes. quando fui trabalhar para angola, o objectivo imediato foi de resolver uma situação dificil. no entanto tive sorte e não foi por acaso que por lá fiquei tanto tempo, por um lado fiquei fascinado por aquele continente e por outro se não deu para ficar rico também não me poude queixar.
na verdade esse é o objectivo de todos os emigrantes. quando fui trabalhar para angola, o objectivo imediato foi de resolver uma situação dificil. no entanto tive sorte e não foi por acaso que por lá fiquei tanto tempo, por um lado fiquei fascinado por aquele continente e por outro se não deu para ficar rico também não me poude queixar.