Steca Xtender XTM-3500-24 ou SMA SUNNY ISLAND 3324 ?

[hvalentim]

Olá,

Gostava de convocar a experiência dos utilizadores deste fórum para o seguinte problema: estou no processo de escolha de um novo inversor para o meu sistema solar inteiramente autónomo (sem ligação à rede da EDP). Tenho dois modelos de inversor em vista: o Steca/Studer Xtender XTM-3500-24 e o SMA SUNNY ISLAND 3324.

A minha dúvida principal prende-se com o formato de onda e sobre qual deles se aproxima mais da onda pura/verdadeira? Isto porque sei por experiência (daí precisar mudar de inversor) que as ondas modificadas causam problemas de funcionamento com alguns electrodomésticos.

A SMA declara nas especificações uma distorção harmónica <3%, enquanto a Steca fala em <2%. O que por si só pode não ser significativo. Gostava de ter o eco de alguém que conheça pela prática estes modelos ou outros semelhantes.

Por outro lado, também gostava de conhecer a vossa experiência com as duas marcas em geral e a respectiva assistência e durabilidade. Actualmente tenho um Trace que se tem revelado robusto, excepto a questão do formato de onda que se não tem dado problemas com electrónicas aparentemente mais sensíveis (e.g. computadores e outros aparelhos com transformador) que funcionam às mil maravilhas se revelou incompatível com máquinas de lavar (por ex. no caso de uma máquina de lavar louça Jocel tudo funciona bem excepto a bomba de tirar a água no final da lavagem ou uma Ariston de lavar roupa que pura e simplesmente fica "desnorteada" e não chega sequer a iniciar o programa).

Como marca a Steca merece-me algumas reservas, pois já observei vários inversor com avaria. No entanto, tecnicamente e em tese as características parecem melhores (menor distorção, consumos em standby mais baixos, possibilidade de emular os 60Hz, enquanto os SMA ficam pelos 55Hz; maior amplitude na voltagem das baterias...). De outra forma, os SMA têm 5 anos de garantia, incorporam por defeito um display, declaram uma capacidade de atender a picos maior...

Que vos parece? Agradeço feedback.

[visitante1]

Boa noite,
desde já felicito-o por ser adepto das energias renovaveis.
Ao falarmos em Steca/studer ou Sma estamos a falar praticamento no topo deste tipo de equipamento, a questão do THD nem sequer deve ser levantada, a qualidade da rede eletrica é muito pior que a fornecida por estes inversores.
Eu só não optei por um inversor igual por causa do preço, e como encontrei um cuja relação qualidade/preço me satisfez optei por ele depois de o ter testado em laboratorio, estou a falar do de maior potencia (4000W/pico12000W).
Também tenho um staca 1300w e estou bastante satisfeito com ele.
Era capaz de optar pelo SMA, acho-o bastante robusto e é uma excelente marca reconhecida mundialmente, e pela experiencia que tenho a taxa de avarias é baixa.
Já agora fale mais promenores sobre o seu sistema, qual a potencia instalada, baterias, controladores, o local da instalação etc
cumprimentos

[hvalentim]

Obrigado pelo input. Atendendo a que trabalho "sem rede" tanto no sentido literal como figurado e o inversor é peça crítica faz para mim sentido investir numa solução que à partida seja probabilisticamente menos propensa a falhas. Se bem que o W7 Power Star seja de facto apelativo e provavelmente tenha um decréscimo no preço mais do que proporcional relativamente ao na fiabilidade/durabilidade.

Relativamente ao meu sistema os componentes resultam de um equilíbrio possível entre o ideal e as oportunidades. Actualmente trata-se de 2070W em painéis ligados a um regulador Outback FM 80, alimentando um grupo de baterias OpZv a 24v com uma capacidade de 612Ah (a C20).

As máquinas de lavar deverão funcionar sobretudo em período diurno, uma à vez e se necessário com alimentação de água quente a gás. Interrogo-me no entanto se com um pico de consumo que pode chegar a 2000W um inversor declarando 3300W (4200W por 30 min.) não pode ser um bocado "curto". É que nem sempre a prática se revela congruente com as especificações...

Por outro lado, tenho por experiência do Trace actual (rated a 1500W) que ele não consegue aumentar a potência sem elevar ao mesmo tempo a voltagem (chega aos 250v). Até agora não tive problemas com isso mas desejava que o novo inversor fosse um bocado mais estável neste capítulo. Neste particular o que é que têm constatado pela vossa experiência com inversor de onda pura?

Gostava de ouvir os vossos testemunhos.

[visitante1]

Viva,
então está 100% dependente!! mas tem outra fonte em caso de emergencia?? com apenas paineis 2000w consegue ser autonomo? presumo que já exista uma grande disciplina nos consumos e na gestão da energia, e é assim que deve ser.

Eu aqui na zona do douro litoral com 2000w estou bastante limitado, o tempo é muito incerto, por isso estou a fazer o upgrade para 3850w..

Em relação aos picos de consumo que fala não é problematico no entanto tem que garantir que nesses momentos não entrem outras cargas com frequencia (tipo bombas de agua etc), o inversor até pode aguentar no entanto a fadiga mais cosecutiva pode ser fatal a medio prazo.

Em relação ao escalonamento de tensão dentro de deteminados valores é normal, provavelmente no sma não se irá notar tanto por possuir um sistema mais eficiente de gestão de potencia. No W7 esse valor varia aprox entre os 225 vac e os 235vac, e aguenta pancadas de 3x In aprox 12000w.
cumprimentos

[hvalentim]

Bom Dia,

Para as emergências e alguns pontuais consumos mais "agressivos" (e.g. certas ferramentas) tenho naturalmente um gerador a que espero recorrer ainda menos com o novo inversor (a oscilação até 30v do antigo faz-me sobretudo ter algumas reservas quanto a usar cargas pesadas paralelamente a electrónicas mais sensíveis).

Quanto à capacidade dos painéis, na verdade, neste instante, estou a usar apenas uma fracção do que eles podem produzir. A instalação é na zona litoral centro-sul (Almada) e a produção é bastante boa. Acredito deveras que aprox. 2000W (cerca de 72A a 24v) são suficientes para a generalidade dos lares em regime autónomo, conquanto haja capacidade de armazenamento.

É tudo uma questão de racionalização de hábitos (lâmpadas LED, electrodomésticos eficientes, inexistência de desperdícios...).

Cump.s