Freddy_krueger Escreveu: ↑segunda mai 13, 2019 2:51 pm
Boas tardes,
Acho que já apresentei algures meu fotovoltaico (autoconsumo 1,5kw) - tenho até agora conseguido medir que não dou quase nada à EDP

...pois uso uma bomba de calor + ventiloconvectores para aquecer a casa + 1 termoacumulador programado para ligar a partir das 11h am (quando há mais produção solar)...
Mas isso é até agora, pois com tempo mais ameno vou desligar... ficando com um excedente grande de energia (doada à EDP)... Minha dúvida é:
Alguém já usou um VE como "bateria solar"

e que injectasse na casa (conforme necessário) alguma desta energia durante noite?
De momento o VE está fora durante o dia... mas podia ser uma ideia comprar um 2º VE usado (tipo 1 mitsubishi imiev ou leaf dos primeiros) para esta função mais eventualidades de transporte (nosso 2º carro faz para aí uns 100-200kms mensais...quase sempre parado apenas para eventualidades). Alguém já implementou algo do género?
Já vi no youtube de quem fez leaf um gerador mas na América onde até é possível em catástrofes não ter luz em casa e Leaf "alimentar" a casa - acho que na Europa isso não é possível tão facilmente pois não é tão fácil "isolar" a casa por exemplo, mas não percebo muito da coisa
Dos muitos posts que há neste forum sobre injeccao do excedente, não encontro esclarecimentos como efectivamente se evita a injecção.
O Freddy refere que colocou um termoacumulador + bomba de calor para evitar injeccao. Isto não é suficiente para evitar injeccao. Um termoacumulador funciona por termostato, ou seja depois do periodo de aquecimento em que a resistência está sempre ligada, entra num período de funcionamento em que a resistência liga e desliga. A maior parte das cargas funciona assim, ou seja não há modulação da potência. Porque é que isto é importante? Vou tentar explicar com um exemplo fictício para facilitar as contas
Imagine-se que existe uma produção solar às 13h de 1,5 kW. Durante o periodo de integração de 15m (entre as 13h e as 13,15), podemos dizer que a produção solar é constante, de que resulta que a energia produzida naquele periodo = 1,5 Kw/4= 375Wh
No mesmo periodo temos a funcionar um termoacumulador com potência de resistência de 3 kW. Mas a agua está quente e vamos assumir que o termoacumulador vai estar com a resistencia ligada durante 7,5 min (a primeira metade do período de 15m). A energia necessária para o consumo do termoacumulador = 3kW/8 = 375 Wh. Naquele período de 15min o valor da energia consumida e produzida é o mesmo e podemos assumir que não existe injeccao. Isto não é verdade.
Os contadores de energia tem um registo de energia para a injecção e outro para o consumo. Estes registos são incrementais e nunca se somam. O registo de consumo nos primeiros 7,5 min do período incrementa (3kW-1,5kW)/8= 187,5 Wh. Nos segundos 7,5m do período não há consumo (o registo não incrementa), mas o registo da injeccao cresce 1,5kW/8 = 187.5 Wh.
Conclusão, apesar da energia produzida ser exactamente igual à energia consumida, aquilo que é lido pelo contador é consumo 187,5 Wh e injecção 187,5 Wh.
Este é um exemplo fictício, mas reflecte bem o que se passa na realidade. A maior parte das pessoas que tem autoconsumo injecta muito mais do que pensa. A unica forma de saber é medir por um processo de que simule o contador.