Hoje passei pelo site das Renováveis na Hora (sim, ainda está on
) e encontrei lá o Despacho n.º 3/SERUP/DGEG/2015, de 3 de março que define quais as potências a atribuir em modalidade de leilão para 2015 segundo o decreto de lei n.º 153/2014, de 20 de outubro. Pelo despacho fica-se a saber que são disponibilizados 1,3 MW por mês a distribuir pelas categorias I, II e III e que, segundo a Portaria n.º 15/2015, de 23 de janeiro, têm o preço de referência de 0,095€/kWh, 0,105€/kWh e 0,100€/kWh, respetivamente, para as categorias I, II e III, ao qual se deve retirar o menor desconto que é oferecido em leilão mensal. Diz também num desses despachos, que a responsabilidade de registo e leilão passou para a DGEG, encontrando-se toda a informação no separador do "Registo de Unidades de Produção (SERUP)".E como têm decorrido estes leilões? Segundo os documentos que lá estão disponíveis, o resultado dos leilões é o seguinte:
- Tarifa de referência - categorias I, II e III: 0,0950€ - 0,1050€ - 0,1000€/kWh.
- Março: oferta entre -50 e -0,01 cêntimos - tarifas finais (I, II e III): 0,0948€ - 0,1049€ - 0,0999€/kWh.
- Abril: oferta entre -4,0 e -0,01 cêntimos - tarifas finais (I, II e III): 0,0948€ - 0,1000€ - 0,0999€/kWh.
- Maio: oferta entre -5,1 e -0,01 cêntimos - tarifas finais (I, II e III): 0,0750€ - 0,1040€ - 0,0999€/kWh.
- Junho: oferta entre -2,0 e -0,01 cêntimos - tarifas finais (I, II e III): 0,0949€ - 0,1040€ - 0,0999€/kWh.
- Julho: oferta entre -8,0 e -0,01 cêntimos - tarifas finais (I, II e III): 0,0940€ - 0,1030€ - 0,0999€/kWh.
- Agosto: oferta entre -1,02 e -0,01 cêntimos - tarifas finais (I, II e III): 0,0949€ - 0,1030€ - 0,0999€/kWh.
Notas: em Março houve alguém que ofereceu um desconto de 0,50€ para uma tarifa de 0,10€
, será que este Sr. queria ainda pagar 0,40€ por cada kWh produzido? 
A sorte dele é que o desconto é pela menor oferta no leilão! 
. Em Maio só houve um único participante na categoria I e ofereceu logo -2 cêntimos de desconto! 
Agora imaginem se tinha sido o tal dos 0,50€ 
Conclusão: a categoria mais concorrida tem sido a II onde frequentemente esgota a cota que lhe é atribuída, nas restantes tem sobrado sempre pelo que aí manda o bom senso oferecer sempre o mínimo. Têm sido aprovados muitos projetos com potências elevadas 50 -100 -150 e até 250 kW que apostam principalmente na categoria mais apetecível, a II. Para se conseguir a potência que se quer no leilão, não é necessário oferecer grandes descontos, mesmo na categoria II, conforme se pode ver no valor final atribuído em cada categoria nos últimos 6 meses. Apesar de não ser grande renumeração comparativamente com os extintos regimes bonificados, sempre é melhor que as tarifas pagas em regime de autoconsumo.
Qual é a vossa opinião? Quem é que já licitou no leilão? Contem as vossas experiências!
Cps,
