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jorge varejão
próxima pac pode promover biocombustíveis
a recolha e a transformação de resíduos em biodiesel e bioetanol podem beneficiar pequenos produtores, considera o vice-presidente da escola superior agrária.
o vice-presidente da escola superior agrária de coimbra (esac), jorge varejão, considerou, ontem, que uma próxima reforma ou revisão da política agrícola comum (pac) pode ser uma oportunidade para os países criarem condições favoráveis à produção de biocombustíveis, sobretudo de bioetanol, um combustível cuja fabricação é feita com recurso a batatas, cereais, beterraba sacarina, girassol ou soja, entre outras culturas.
“pensa-se que a próxima pac dirá alguma coisa no sentido dos biocombustíveis, de subsidiar culturas para eles direccionadas”, afirmou, ontem, jorge varejão durante o seminário “ambiente em debate: energia e biocombustíveis”, promovido pela associação comercial e industrial de coimbra e pelo conselho empresarial do centro – câmara de comércio e indústria do centro.
a implementação de políticas de incentivo a determinadas culturas de produtos que sirvam de base à fabricação de biocombustíveis é, contudo, apenas uma das oportunidades apontadas pelo vice-presidente da esac. isto porque, recordou varejão, que é membro coordenador do curso de biotecnologia da esac, uma directiva comunitária relativa à utilização deste tipo de combustíveis, já transposta para a ordem jurídica nacional, vai obrigar à produção de grandes quantidades de bioetanol (que pode também ser feito com recurso a materiais lenhino-celulósicos sacarificados, como a madeira, a caruma, o papel velho ou outros resíduos florestais) e de biodiesel (feito com recurso a gorduras e óleos usados).
a directiva, recorde-se, data de 2003 e determina a incorporação nos combustíveis tradicionais de biocombustíveis ou de outros combustíveis renováveis, cuja quantidade a utilizar deve aumentar gradualmente até 2020, ano em a percentagem utilizada deve ser de oito por cento. “isto requer uma produção gigantesca” de biocombustíveis, sublinhou.
daí que, continuou jorge varejão, a produção de biocombustíveis seja, desde logo, uma oportunidade para a agricultura, uma vez que, com políticas de incentivo, fica potenciado o aumento de determinadas produções. mas, ressalvou, deve haver sempre um controlo “do ponto de vista ambiental”. “há florestas que estão a ser dizimadas por causa da plantação da palma”, alertou.
já no que diz respeito ao biodiesel, as oportunidades, disse o vice-presidente da esac, relacionam-se mais com a recolha e transformação das gorduras e óleos usados. “há muitas coisas entre nós que estão a ser deitadas fora”, lamentou, exemplificando com os óleos domésticos. e é justamente na recolha e transformação que os pequenos produtores dedicados “podem ter um papel importante”. “tem que haver uma explosão” preconizou, em jeito de apelos aos empresários, jorge varejão.
fonte:
http://www.asbeiras.pt/?area=destaque&n ... d=17112006
Próxima PAC pode promover biocombustíveis
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