São João da Talha: COPAM quer construir fábrica de bioetanol
Enviado: quinta jan 24, 2008 11:58 pm
são joão da talha: copam quer construir fábrica de bioetanol
a companhia portuguesa de amidos (copam) pretende instalar uma fábrica de bioetanol (combustível a misturar com a gasolina, feito a partir de milho) na freguesia de s. joão da talha, em loures.
a fábrica de bioetanol de s. joão da talha encontra-se já em fase de avaliação de impacto ambiental, tendo o ante-projecto estado disponível para consulta pública entre 11 de dezembro e 16 de janeiro.
segundo o ante-projecto, esta fábrica situar-se-á num terreno de 4,2 hectares em frente às instalações da copam e criará 45 postos directos de trabalho em laboração contínua.
em termos de produção, a estrutura consumirá cerca de 500 toneladas de milho por dia, produzindo anualmente cerca de 70 metros cúbicos de etanol.
de acordo com maria leonor tavares, responsável pelo projecto, a estrutura está em consonância com as directivas comunitárias para a redução dos níveis do dióxido de carbono emitidos e de redução do uso de combustíveis.
contactado pela lusa, o presidente da junta de freguesia de s. joão da talha, paulo amado (cdu) manifestou, porém, «dúvidas» relativamente ao «impacto ambiental» da fábrica na zona.
o autarca aponta a incerteza quanto ao fluxo de viaturas e ao meio de transporte das matérias-primas (s. joão da talha conta também com linha de comboio em adição às vias rodoviárias) e as consequências no aumento da emissão de dióxido de carbono na área, bem como relativamente às emissões de substâncias nocivas para a atmosfera e quanto à prevenção de derrames de líquidos perigosos, dado que o terreno também se encontra em zona de cheias.
«se não forem contempladas respostas para as nossas dúvidas, não veremos com bons olhos a instalação da fábrica de bioetanol em s. joão da talha», adverte paulo amado.
instada a responder a estas dúvidas, maria leonor tavares lembra que «o objectivo é a redução dos níveis de dióxido de carbono» e que o documento a que a junta de freguesia teve acesso é «o resumo não-técnico» pedido pela comissão de coordenação do desenvolvimento regional para lisboa e vale do tejo (ccdr-lvt) para a elaboração da declaração de impacto ambiental (dia).
assim, a responsável diz estarem «previstas, levantadas e estudadas» todas as dúvidas levantadas pelo autarca, com a excepção do plano de contingência e emergência, não previsto no ante-projecto.
para o próximo sábado, 26 de janeiro, pelas 15:00, está marcado um debate público sobre a construção da fábrica de bioetanol, promovido pela assembleia de freguesia de s. joão da talha.
de acordo com o presidente da assembleia de freguesia, antónio prates (cdu), esta iniciativa pretende revelar o projecto «às pessoas e aos órgãos da assembleia de freguesia».
falando de alguma «desinformação, antónio prates diz também não haver ainda »nenhuma tendência«, a favor ou contra, por parte da população.
diário digital / lusa
23-01-2008 18:45:00
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... news=93065
a companhia portuguesa de amidos (copam) pretende instalar uma fábrica de bioetanol (combustível a misturar com a gasolina, feito a partir de milho) na freguesia de s. joão da talha, em loures.
a fábrica de bioetanol de s. joão da talha encontra-se já em fase de avaliação de impacto ambiental, tendo o ante-projecto estado disponível para consulta pública entre 11 de dezembro e 16 de janeiro.
segundo o ante-projecto, esta fábrica situar-se-á num terreno de 4,2 hectares em frente às instalações da copam e criará 45 postos directos de trabalho em laboração contínua.
em termos de produção, a estrutura consumirá cerca de 500 toneladas de milho por dia, produzindo anualmente cerca de 70 metros cúbicos de etanol.
de acordo com maria leonor tavares, responsável pelo projecto, a estrutura está em consonância com as directivas comunitárias para a redução dos níveis do dióxido de carbono emitidos e de redução do uso de combustíveis.
contactado pela lusa, o presidente da junta de freguesia de s. joão da talha, paulo amado (cdu) manifestou, porém, «dúvidas» relativamente ao «impacto ambiental» da fábrica na zona.
o autarca aponta a incerteza quanto ao fluxo de viaturas e ao meio de transporte das matérias-primas (s. joão da talha conta também com linha de comboio em adição às vias rodoviárias) e as consequências no aumento da emissão de dióxido de carbono na área, bem como relativamente às emissões de substâncias nocivas para a atmosfera e quanto à prevenção de derrames de líquidos perigosos, dado que o terreno também se encontra em zona de cheias.
«se não forem contempladas respostas para as nossas dúvidas, não veremos com bons olhos a instalação da fábrica de bioetanol em s. joão da talha», adverte paulo amado.
instada a responder a estas dúvidas, maria leonor tavares lembra que «o objectivo é a redução dos níveis de dióxido de carbono» e que o documento a que a junta de freguesia teve acesso é «o resumo não-técnico» pedido pela comissão de coordenação do desenvolvimento regional para lisboa e vale do tejo (ccdr-lvt) para a elaboração da declaração de impacto ambiental (dia).
assim, a responsável diz estarem «previstas, levantadas e estudadas» todas as dúvidas levantadas pelo autarca, com a excepção do plano de contingência e emergência, não previsto no ante-projecto.
para o próximo sábado, 26 de janeiro, pelas 15:00, está marcado um debate público sobre a construção da fábrica de bioetanol, promovido pela assembleia de freguesia de s. joão da talha.
de acordo com o presidente da assembleia de freguesia, antónio prates (cdu), esta iniciativa pretende revelar o projecto «às pessoas e aos órgãos da assembleia de freguesia».
falando de alguma «desinformação, antónio prates diz também não haver ainda »nenhuma tendência«, a favor ou contra, por parte da população.
diário digital / lusa
23-01-2008 18:45:00
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... news=93065