NovaEnergia

segundo dados recentes, a cada vez maior procura de biocombustiveis está a fazer subir o preço dos alimentos.
nos estados unidos, a produção de bio-etanol está a fazer subir o preço do milho, um dos cereais mais usados para produzir esse combustivel.
segundo a bbc, o aumento do preço do milho pode afectar alimentos desde o pão, ovos (as galinhas comem milho), ketchup (que leva xarope de milho) e muito mais. e não é só o milho que está a ter mais procura.

yap. ainda há um par de semanas deu uma notícia, penso que na tv, acerca do aumento do preço da carne (para breve). uma das razões para este aumento é o aumento do alimento para o gado, devido ao aumento do cereal causado pelos bio-combustíveis.

mas isso ja era de esperar sao as chamadas regras da concurrencia .
essa dos biocombustiveis nao é uma solucao mas sim uma opçao .
ainda nao se vendem caldeiras a queimar o milho e o trigo ai sim é que vai doer mais

normal, já á quantas décadas o petróleo faz subir os alimentos.

no caso do milho e girassol deveria ser ao contrário. enquanto o preço do oleo tende a subir com a escassez provocada pelos biocombustíveis as farinhas deveriam deveriam começar a ser mais baratas visto que absorvem o que sobra da extração do oleo.

isso tudo, nada mais é do que uma acomodação de mercado.
quando surgem preços competitivos, todo mundo corre para produzir o cereal que está pagando melhor, pois a vida no agricultor, não é fácil.
como diz o red baron, o subproduto do milho e girassol, vai gerar farinhas que irão diminuir seus preços.

farinha de milho, é tão rica quanto o milho em si, pois esse, na sua forma original ( grão ), não é totalmente aproveitado pelos animais. na forma de farinha ( residuo da prensagem e extração do óleo ), a absorção é muito maior.

e se pensarmos em consumo mundial, o milho é consumido na forma de farinha em 80%, e na forma de grãos em 20%.

o impacto não é tão grande assim. hoje temos uma suba do preço da saca de milho, em razão dessas "acomodações de mercado".

em pouco tempo, os preços voltam ao normal.

sds

luciano

queimar milho não digo, mas deixo aqui uma dica para quem não sabe e tem acesso a ele.
os "tarolos" do milho (aquela coisa que fica depois de tirar os grãos) ardem que é uma maravilha, aquecem que se farta e fazem muito pouca cinza.

penso que esta subida era esperada e não vai parar por aqui. pelo mundo ainda estão a ser construídas fábricas de grande capacidade (em singapura vai ser construída uma fábrica de 800 000 ton/ano só esta fábrica vai consumir o óleo de palma produzido anualmente em 200 000 ha de terreno), a procura vai portanto se intensificando e puxando os preços para cima.
os agricultores têm uma resposta lenta a esta procura, mas vão responder, quando isso acontecer e a procura estabilizar os preços irão começar a cair.
a diversificação de culturas como matéria-prima para biodiesel poderá também ter efeito na procura por óleos que também se utilizam para a alimentação. por exemplo a jatropha, não é possível de usar como alimento mas terá um futuro promissor como matéria-prima para combustível, também o cardo e muitas outras poderão contribuir.
o grande problema, a meu ver, é a desflorestação de grandes áreas de floresta para ser utilizadas como terreno agrícola em resposta á elevada procura, por exemplo do óleo de palma. isso é um problema sério que tem de ser levado em conta pelos líderes mundiais. a promoção dos biocombustíveis tem como objectivo principal a diminuição de emissões de co2, mas se as práticas agrícolas não forem as correctas o efeito é nulo ou mesmo contrário.
um incentivo (fiscal ou de outro tipo), á utilização de matérias-primas não residuais que foram produzidas através de práticas agrícolas sustentáveis é um exemplo.

cumprimentos

é por isso tudo que o futuro vai ter que ser "renovável".

os agricultores com plantações de milho nunca ganharam tanto dinheiro como agora, ao venderem aos espanhois.

katzilla Escreveu:os agricultores com plantações de milho nunca ganharam tanto dinheiro como agora, ao venderem aos espanhois.

ainda bem que ganham, os agricultores deveriam ser as pessoas a ganhar mais em relação a todas as actividades, cá é mesmo uma miséria, parece um pais de 3º mundo, se é que não é, também em parte por culpa dos mesmos, mas em grande parte culpa da cultura e do estado.

encontrei este post "alarmista":

"a tragédia dos bio-combustíveis"
http://risco4.wordpress.com/2007/09/17/ ... bustiveis/

está tudo perdido.
acho que o melhor mesmo é um carro que ande a políticos. há aí tantos e não fazem falta para nada...

itisix Escreveu:está tudo perdido.
acho que o melhor mesmo é um carro que ande a políticos. há aí tantos e não fazem falta para nada...

lol! outra opinião "alarmista"

viva!

colegas foristas, nem outra coisa seria de esperar. não podemos embalar na conversa de ninguém, muito menos na conversa dos meios de comunicação e das mensagens manipuladas que nos trazem. apenas temos que manter o bom senso e espírito crítico a funcionar, crítico mas construtivo orientado para a solução e não para a má língua.

pensemos, o sol é um recurso natural, renovável e inesgotável (relativamente claro). mas em 24h de consumos potenciais temos que contar com uma parte daquilo a que chamamos "noite". logo o recurso sol é limitado. temos o recurso vento, natural, renovável e inesgotável (também é relativo). mas em 24h de consumos potenciais temos que contar com uma parte daquilo a que chamamos "falta de vento". logo o recurso vento é limitado. temos também os recursos vegetais, renováveis e naturais, mas dado o consumo massivo de energia não há como produzir em quantidade suficiente para satisfazer as necessidades sem agravar ainda mais o estado dos campos agrícolas, já para não falar da desflorestação da amazónia.

mais, onde na natureza existe armazenamento de energia, como nós o fazemos? por que necessitamos dele? por que somos dependentes dele? o que nos falta perceber do fluxo natural, da abundância?

será que as barragens ao impedir o fluxo natural dos rios que ajudam a equilibrar o fluxo energético da terra, não tem contribuído para este desequilíbrio natural (inclusive climatológico)?

continuemos o raciocínio. se os colegas mandassem nas pesquisas, orientavam os recursos todos para soluções que sabem ser limitadas e insuficientes, que trarão acréscimo de custos e terão (parte delas) um impacte negativo na natureza (precisamente o contrário do que se pretende!), ou punham a criatividade a trabalhar, começando por brain-storming e dando oportunidade a soluções ostracizadas no tempo? chamemos-lhe capital intelectual de risco. como é? não estaremos a alimentar outro tipo lóbis, ou melhor pseudo eco-lóbis? que industria se está a alimentar com o marketing destas soluções amigas do ambiente, mas que facilmente se prova que não nos servem?

nem tudo é mal feito. há muita coisa, conforme tão bem se vê neste fórum, que ajuda a minorar os efeitos nefastos sobre o planeta. mas a grande questão, o essencial do problema, está por resolver. o problema não é o efeito estufa, isso é a consequência, percebem? isto a que assistimos diariamente é a tentativa de resolver o sintoma e não a doença. tal como na medicina. é um estado de consciência colectiva. aplicamos o mesmo tipo de solução, temos o mesmo tipo de visão, e isso é o que nos tem limitado, o cumprir cego de leis que à partida deveriam ser postas em causa. já não deviam haver dogmas, nem na religião, nem na ciência. existe e muito extremismo religioso e científico. nenhum nos serve. estamos dispostos, ao menos, a meter em causa que as regras científicas que nos foram ensinadas ao longo dos últimos séculos? estamos dispostos a aceitá-las não como um fim mas como um meio que nos serviu para chegar aqui, mas que agora precisamos de ir mais além?

até mais!

preço da cerveja dispara em 2008

as principais cervejeiras portuguesas têm vindo a subir paulatinamente o preço da cerveja pressionados pelo valor pago pelas matérias-primas, principalmente a cevada. e para o próximo ano poderão ser obrigadas a um aumento médio de 9%, conforme o grupo multinacional heineken decidiu recentemente



esta matéria-prima, de onde se extrai o malte para produzir cerveja, aumentou 80 euros por tonelada no mercado nacional e mais do que duplicou na bolsa de roterdão, passando de 130 euros a tonelada em 2006 para 340 euros a tonelada em setembro deste ano.

as empresas em portugal, principalmente a unicer e a central, compram cerca de 50% da cevada aos produtores nacionais e a restante é negociada com os seus principais accionistas: a unicer com a carlsberg e a central com a scottish & newcastle.
esta escalada de preços dos cereais está intimamente ligada a um fenómeno especulativo desencadeado pela utilização das terras agrícolas para produção de biocombustível (biodiesel ou bioetanol) mas também de uma queda abrupta da produção em países produtores de cevada devido ao mau ano agrícola.

frança, alemanha, áustria e portugal, em menos escala, estão a modificar as suas culturas de cevada para outras mais rentáveis e ligadas à produção de biocombustível, como a colza – uma espécie de couve-nabiça –, trigo e milho.

http://sol.sapo.pt/paginainicial/econom ... t_id=72591

pena que a planta do tabaco também não dê pa fazer bio-combustíveis...

njay Escreveu:pena que a planta do tabaco também não dê pa fazer bio-combustíveis...

nem diga mais nada... ainda bem quem vem aí o dia 1 de janeiro.
mas isso é outro asunto que pode ser debatido em outro tópico.

quanto aos alimentossubirem de preço é de lamentar, masparece que a moeda tem sempre duas faces.


cumprimentos:
luís oliveira

luimio Escreveu:quanto aos alimentossubirem de preço é de lamentar, masparece que a moeda tem sempre duas faces.luís oliveira

não amigo... a face é que tem 2 moedas. e mete-as às 2 no bolso

quanto a mim é tudo uma grande palhaçada e ainda por cima os bio-combustíveis é que pagam, desculpem lá mas os agricultores também usam gasóleo e aquele que é agrícola, que também levou um bom aumento nos últimos tempos, portanto sem bio's ou com, os preços dos alimentos e de tudo mais iria aumentar na mesma, tal como sempre aconteceu com a subida do petróleo, só que desta vez encontraram uma desculpa boa, os bio-combustíveis.