LAVAR BIODIESEL

Local onde se pode colocar tópicos com receitas e protocolos.
Também serve para fotos e vídeos sobre as nossas experiências.

Fry
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Mensagem por Fry »

outra coisa a temperatura recomendada para se fazer um bom biodiesel é dos 70ºc + para cima
atenção, a maioria dos participantes deste forum não têm processadores compatíveis com estas temperaturas, além de haver outros perigos já mencionados. é preferível aumentar o tempo de reacção por questões de segurança. lembrem-se que existem aqui alguns acidentes já relatados por alguns menos experientes.

agradeço em nome do forum a participação de alguém como o rui carvalho.

assim que tiver tempo disponivel, responderei e perguntarei algumas questões pertinentes.

abraço e uma boa passagem de ano.

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Rui de Carvalho
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Mensagem por Rui de Carvalho »

bom dia pessoal.

em resposta a vossas pergunta:

a temperatura de trabalho na minhas fabrica são:

90ºc a 1,5bar de pressão (reactores sobre pressão)
na segunda a temperatura de trabalho é de 85ºc e 1 bar (reactores sobre pressão)

a razão de usar maior temperatura baseia-se no simples facto que a conversão tem de ser pelo menos de 98% em apenas um paço. e ainda temos o problema das quantidade de metanol e o valores de soda a usar.

a reacção a baixas temperatura não só demora muito, muito mais tempo e não fica tão bom.

a 90ºc com 20min, 20litros de metanol para cada 100 de óleo e 4g de soda/litro de óleo mais acidez (6 g/litro de óleo), temos uma optima conversão 95% pelo menos, em todos as vezes e posso dizer que depois de 3,5 milhões de litros estou bem certo deste facto.

60ºc - já testei até 1,5 horas e a conversão não chegou aos 80%.

para compensar teria de utilizar muito mais metanol, o que sai demasiado caro para uma aplicação industrial, por outro lado mais metanol implica mais soda, visto que não posso simplesmente diluir o catalizador no metanol. por fim a recuperação do metanol implica mais temperatura que os 70ºc, logo fazer a reacção a 60ºc é simplesmente inutil, se resolver-mos o problema de o metanol ir-se embora acima dos 60-70ºc

para resolver este simples problema, só se tem de usar um recipiente fechado, ou seja com uma valvula de escape. é importante notar que a pressão de reacção a 70ºc é ligeiramente superior a 200mbar o que se pode facilmente ter um recipiente para esta pressão (nota a 80 já temos 1 bar, e a 90 temos 1,5. a perda do controlo da temperatura pode ser explosivo e altamente inflamavel).

se alguem quizer posso depois apresentar a corva de pressões com a temperatura. para terem uma ideia de como ela aumenta bastante com a temperatura.

outra coisa é extremamente importante não se fazer experiencias com temperatura superior a 60ºc sem respeitar as seguintes normas de segurança:

1: o reactor tem de estar afastado de tudo que possa incendiar e alastrar um incendio (principalmente derrames e restos de óleo, metanol e biodiesel) - (um trabalhador de outro produtor, hospitalizado com queimaduras graves devido a isto)

2: o reactor tem de ter uma valvula de escape a prova de falhas. se for caso disso, utilizem um disco de ruptura. podem improvisar um recorrendo a utilização de uma tampa de plastico fraco na extremidade de um tubo. escape esse virado para uma parede a prova de chamas. (um reactor na holanda explodiu provocando bastantes estragos nas instalações e um numeros relevante de feridos, ouve rumores de um em estado grave.)

3: o reactor para trabalhar com pressões e temperaturas de 70 para cima deve ser inertizado com uma atmosfera de azoto, de forma a evitar que incendei. (tive um incendio quando o reactor arrebentou com uma valvula e a libertação de gases, metanol, biodiesel e óleo do seu interior provocou um incendio bastante intenso que foi controlado sem danos de maior, mas foi muito arriscado, se as chamas tivessem atingido o armazenamento o mais provavel era não estar aqui para contar)

4: ter sempre pelo menos dois extintores de po quimico a duas distancias do reactor, uma relativamente perto, e a segunda do lado de fora da porta de saida. (nunca existe um extintor suficientemente perto durante uma emergencia, vão por mim)

5: o reactor assim como todo o metanol deve estar em zona ventilada.

6: evitar trabalhar com apenas uma pessoa. ( todos os acidentes mais problematicos, com a excepção do incendio, foi durante operações sozinho e alguns foram de me dar ataques cardiacos.)

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Rui de Carvalho
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Mensagem por Rui de Carvalho »

em resposta a vossa questões sobre a diferentes formas de purificar o biodiesel.

a mais conhecida é a lavagem com água, e como eu já disse convem usar sal na primeira lavagem e depois duas com água limpa.

vantagens:

barata em pequena quantidades
eficaz a prova de incompetencia, o resultado quando bem feito é excelente.
auto controlavel, se não ficar bom é obvio, fica uma emulsão increbavel.
tem o melhor resultados em termos de qualidade do tratamento.

desvatagens:

as águas depois das lavagens são bastantes caras de tratar
requer bastante água, normalmente 20% do volume de biodiesel em água, para as três lavagens.
o consumo energetico da secagem final é elevado e o para o aquecimento da água.
o tempo requerido é elevado, três decantações - centrifugações
a qualidade da secagens não é facil de garantir sempre, demasiado tempo
pode queimar o biodiesel, demenos deixa água.
se o biodiesel tiver sabão demais ou glicerina na primeira lavagem fica uma emulsão dificil de desfazer mesmo com sal, neste casos pode ter de ser necessario acidificar o meio.
a taxa de aproveitamento é baixa, tradicionalmente 90 a 95 litros de biodiesel por cada 100 de óleo

a segunda forma de tratar é atraves da filtração com magnesol (silicato de magnesio)

vantagens:

relativamente barato, o magnesol pode ser obtido em grandes quantidades sem gandes custos.
facil aplicação
rápido de utilizar.


desvatagens:

deixa residuos que vão danificando o carro, quando não removido completamente
dificil remoção
dificil de obter os parametros da norma en14214, a utilização de magnesol não garante a pureza requerida pela norma.
pode ser usado com qualquer grau de contaminação que não tem problema, ao contrario da água.


a terceira forma de purificar, é recorrendo a resinas de permuta e absorventes. a minha perferida para a escala industrial.


vantagens:

o metodo mais simples e rapida de utilizar
não deixa qualquer tipo de residuo.
remove a água, metanol, glicerina, sabão, sais. dando assim um elevado grau de pureza, quando bem usada.
quando bem feito bastante duravel, quando bem usada 500g duram para cerca de 1000 litros de biodiesel, sem regeneração.

desvatagens:

dificil de obter, e extremamente cara
dificil de regenerar
requer um laboratorio medianamente equipado para uma correcta utilização. para determinar o nivel de contaminação e a altura de trocar de resina

quarta forma. a minha perferida para pequena utilização em casa. o biodiesel é dos produtos mais simpaticos que pode haver ele liberta-se dos seus contaminantes se for lavado com glicerina, assim a unica coisa a fazer é esperar que a glicerina que é obtida com o processo de produção de biodiesel retenha os contaminantes. infelizmente ela fica saturada e não consegue reter tudo, assim para facilitar deve ser arrefecida até uns 2 ou 3 graus e ficar em repouso por uma ou duas semanas.


vantagens:

o metodo mais facil e barato em muito pequenas escala.
deixa um biodiesel mediano, não compre a norma mas fica suficientemente perto.


desvatagens:

é simplesmente impraticavel a nivel industrial, o espaço de armazenamento seria demasiado grande e arrefecer não é facil, nem barato.


bem cada metodo tem muito que se diga mas como já pode ver cada metodo tem prós e contra, sendo a sua escolha uma das mais importantes escolhas a fazer no desenho de um processo de produção de biodiesel.

mas também não é a unica. a escolha do mecanismo reacional, o catalizador, a materia prima e o seu pre tratamento, etc....

por fim como podem ver, apesar do biodiesel ser dos produtos mais faceis de obter, ainda existe muito para dizer, fica para a proxima.... se tiverem alguma questão por favor de a apresentar.

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RED BARON
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Mensagem por RED BARON »

boas rui.

é inquestionável seu contributo para o engrandecimento deste espaço.

quero deixar desde já expressa a minha gratidão por isso e penso que todos comungam da minha opinião.

sublinho a correcção e clareza com que expõe os assuntos e a disponibilidade para responder às nossas questões.

se me permite queria pôr-lhe mais uma ou duas questões.

fiz um lote de bio com 120l de oleo usado onde usei apenas 3,5g de naoh por litro de oleo.
a reacção não ficou completa como eu gostaria pois no teste conhecido por 3/27 ou teste simples de conversão, o bio ficou turvo e acabou depositando uma pequena gota de oleo no fundo do tubo de ensaio.
calculei a grosso modo que teria uma conversão de cerca de 90%.

segundo alguma literatura ( girl mark) quando ocorre a transesterificação, mesmo com a reacção imcompleta não resta oleo (triglicéridos) como produto não reagido mas sim mono e diglicéridos. sendo a justificação, que o metanol vai substituindo selectivamente um acido gordo por cada molécula de triglicérido e forma uma molécula de diglicérido e só depois ataca novamente o diglicérido para formar mais uma molécula de biodiesel e uma de monoglicérido e que só por fim a glicerina é libertada com a compleiçao da reacção.

deste modo se a reacção estiver incompleta, poderá existir no final, biodiesel e monoglicéridos e diglicéridos com os triglicéridos em pequena quantidade.
este facto é apontado como causa das emulsões nas lavagens com agua essencialmente na primeira lavagem onde existem também outros agentes emulsionantes ( glicerina).
o que me aconteceu neste lote é que retirei uma amostra( 500ml) que foi lavada 6 vezes com igual quantidade de agua e a agua nunca saiu clara sempre fazendo emulsão e só quebrada com aquecimento.
uma análise do ph e conductividade da agua mostrou que já não estava a remover qualquer composto iónico do bio.
a minha questão é:
peguei numa amostra de bio com elevada conversão e agito com igual quantidade de agua e passada meia hora tenho lá a água limpída e o bio bem separado com aspecto de bio húmido e não emulsionado .

a que se deve a agua nunca mais sair clara? será dos monoglicéridos?

a segunda questão é a seguinte:

no ultimo lote que fiz usei 5 gramas por litro para oleo usado.

fiz a reacção a 65 graus durante duas horas com reactor fechado e bomba de recirculação.

desliguei tudo e deixei a glicerina decantar durante 48 horas.

removi a glicerina e liguei o aquecimento para proceder à recuperação do metanol. para isso ligava a bomba ocasionalmente para uniformizar a temperatura.
a o atingir perto de 75 graus o metanol começou a sair pelo condensador, mantive a bomba ligada até o temperatura atingir os 90ºc para ajudar na agitação.
desliguei acima desta temperatura para evita danificar os componentes da bomba.
até aos 120ºc recuperei 5l de metanol. desliguei tudo e deixei durante uma semana em repouso até arrefecer para poder remover o bio.
o reactor é isolado com lã de vidro com 7cm de espessura e passados dois dias o bio ainda está bem morno.
quando fui remover o bio apareceu-me cerca de 3 a 4 litros de uma substância gelatinosa que assentou no fundo e que só tinha ouvido relatar quando se processa o bio em duas etapas.
já houve quem lhe chamasse glicerina, mas é uma gelatina quase transparente que a mim não me parece que seja glicerina.

a questão é, o que será esta substância que só me apareceu por a temperatura nocturna está bem perto de 0ºc e o bio que estava no reactor ( já sem metanol ) ficou a uma temperatura muito baixa. será a quarta forma de limpar o biodiesel que falou?

já numa das experiências aqui relatadas eu dupliquei a quantidade de catalizador utilizado e obtive uma massa gelatinosa muito similar à qual chamei de bio polimerizado porque ao juntar uma ácido esta massa quebrou e produziu biodiesel e glicerina.

fico na esperança de ver respondias a minhas questões e quero pedir desculpa por ter sido tão promenorizado. penso que esta questões interessarão a todos e não só a mim.

muito obrigado e um bom ano novo.

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Rui de Carvalho
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Mensagem por Rui de Carvalho »

em primeiro lugar, gostava de dizer que o detalhe é muito importante em engenharia, e ainda mais em ciencia. assim ele é de louvar.

a seguir agradecia que me dessem mais informações sobre esse metodo 3/27 que já o vi ai escrito varias vezes.

por fim:

na experiencia com 120 litros e 3,5g:

tenho as minhas grandes duvidas que tenha uma conversão de 90% (mesmo muitas duvidas), mas sem mais informações sobre o 3/27, vou acreditar.

a seguir eu não conheço o "girl mark", mas tenho a cinetica reaccional da transterificação de óleo de palma e soja e em ambos os casos é bastante dificil ter mais mono e di gliceridos que trigliceridos, pois a velocidade de conversão dos estados di e mono é ordens de grandeza superior ao do tri. se alguem me disse como por imagens aqui eu mostraria os graficos.

os mono e digliceridos formam emulção mas nada de especial em comparação com os sabões que são de loge o maior problema, e depois a glicerina, e esse é horrivel.

o teu problema com este "biodiesel" (a acreditar nos 90%), é que não tens só biodiesel. possivelmente tens montes de sabão (que é agravado pela falta de glicerina), não deves ter obtido muita glicerina e ela deve ter ficado com montes de metanol. ou seja:

1º o óleo converteu mas não na totalidade, menos glicerina mais trigliceridos, mais contaminantes.
2º a falta de glicerina provocou a sua saturação prematura e assim sendo o biodiesel ficou demasiado carregado de contaminantes para lavagem.
3º a lavagem fica em emulsão e só se desfaz quando aqueces, nota: a verdade é que o aquecimento não esta a desfazer a emulsão, esta sim a dissolver os contaminantes e dá a ilusão que resolve o problema, mas quando arrefece ou volta a lavar o problema volta. e deve voltar até os contaminantes acabarem nas lavagens seguintes.


a segunda questão:

temos então um biodiesel produzido com 5 g/litros e duas horas a 65ºc (nestas condições deves ter uma boa conversão, apesar de eu normalmente usar por defeito 6g/litro, só para o caso, mas 5 deve funcionar bem também)

se a temperatura ficou pelos 0 ºc então deves ter ficado com sabão, o quarto metodo que eu falei baseia-se no facto, de o sabão começar a sólidificar a 3ºc e assim sendo deves ter ficado com sabão no fundo.
se a temperatura foi inferior a -3 ºc então podes ter ficado com biodiesel solidificado, ou seja as fracções mais saturadas do biodiesel.

nota importante: apesar de a temperatura ter de ser baixa para estes compostos se formarem, ele depois de formados, aguentam varios graus acima. no caso do sabão chega a aguentar até 10 ºc acima ou seja se ele se formou a 3ºc ele vai manter-se até mesmo com 13ºc, as vezes até mesmo 15 e 17ºc.

a última observação é a mais simples de explicar:

o que aconteceu quando tu duplicastes a quantidade foi a saponificação do óleo/biodiesel. ou seja com as condições anteriores já tinhas biodiesel, e agora aumentates a reacção parasita de criação de sabão. tal facto fez que aparece-se imenso sabão no teu biodiesel (o teu famoso biopolimero). não sei se sabes mas o sabão é uma base, e como base que é quando adicionastes o acido ele passou a ffa e libertou a glicerina. nota ffa não é biodiesel, mas é muito parecido a olho nu. assim o que deves ter visto é um composto semi sólido (parece uma gelatina mas mais consistente e branco ou esbranquiçado (dependo do lixo que exista no óleo)), que quando foi adicionado um acido desfez libertado um liquido (ffa) e glicerina retida na sua estrutura.


Fry
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Mensagem por Fry »

olá rui carvallho.

presentemente o meu tempo é limitado ao segundo. vou apenas deixar aqui uma página de testes apontados pela nossa grande comunidade de homebrewer's ou biodieselers, na qual se inclui o 3/27 do nosso amigo jan warnqvist.

jan warnqvist's conversion test
this is a quick pass/fail conversion test for your biodiesel and works because biodiesel will disolve into methanol while triglycerides do not disolve in methanol.
it works with washed and dried, or unwashed biodiesel that is well settled.

equipment needed

1. something to measure out 27 ml of methanol.
2. a small container in which to put the 27ml of methanol. i used a small glass jar about 11cm (4.5”) high and 5cm (2.5”) across
3. a 3ml syringe without the sharp. these cost me 15c each from my pharmacy and i used a new one for each test.
4. biodiesel to be tested.

procedure
1. insure the jar is spotlessly clean and dry.
2. put 27ml of room temperature (20- 22deg c) methanol into the jar.
3. use the syringe to put exactly 3ml of the room temperature biodiesel under test into the methanol.
4. put top on jar.
5. shake jar hard for 5 seconds.

if the biodiesel completely dissolves into the methanol and no oil settles out on the bottom of the container you have very high conversion biodiesel.

further gc testing by rickdatech shows:
"there have been a number of posts lately where people observed cloudiness even when they made high conversion fuel. in one case the sample failed for cloudiness, but passed gc testing for total glycerin. in addition i've found in my own testing that a number of variables combined influence the cloudiness.

precipitation alone is enough of a test and it does raise the bar considerably. from my tests, it appears that if there is no precipitation, then the odds are in favor of the fuel meeting astm spec for bound glycerin. also if there is precipitation, then you are highly unlikely to meet astm spec for bound glycerin."

methanol test

jan warnqvist uses this test:

"take exactly 25 ml of biodiesel and dissolve it in exactly 225 ml of methanol in a measuring glass.

"the biodiesel should be fully soluble in the methanol, forming a clear bright phase. if not, there is pollution in the biodiesel. each ml of undissolved material corresponds to 4% by volume. is there any undissolved material at the bottom of the measuring glass? if there is, your reaction is not complete and this is causing you trouble with the water test.

"this method does not cover every aspect of quality, but it gives a hint. it is valid only for biodiesel made from vegetable and animal oils. it is not valid for biodiesel made from oils with a very wide fatty acid pattern, such as fish oils."

jan warnqvist
ageratec ab

methanol test by mass

determination by mass will give you a more precise result, says jan warnqvist:

equipment needed for the analysis:

1. one 250 ml separation funnel
2. one 400 ml beaker
3. one magnetic stirrer
4. balance accurate to 0.05 g
5. one 50 ml e-flask with narrowed neck

chemicals for the analysis:

1. water-free methanol, minimum 225 g
2. fame (fatty acid methyl esters, biodiesel) with water content less than 500 ppm, clear, bright and without visible impurities, minimum 25 g

take the clean beaker and put exactly 225 g of methanol in it. then add exactly 25 g of the biodiesel.

stir the fluids with the stirrer for 2 minutes.

take the beaker off the stirrer and pour the contents into the separation funnel.

set the clean e-flask on the balance and set the balance to zero.

let any oil phase separate out from the biodiesel/methanol phase and put it in the e-flask.

weigh the contents and calculate the result as follows:

1 - m1/m2 = m3

where

m1 = the amount of undissolved material
m2 = the amount of biodiesel put into the reaction
m3 = the amount of biodiesel that is dissolved in methanol in mass %

example:

m1 = 0.5 g undissolved material
m2 = 25 g biodiesel put into the reaction

1 - m1/m2 = m3
1 - 0.5/25 = 0.98

m3 = 98% of the biodiesel dissolved in the methanol, leaving 2% unreacted oil.

ideally there should be no undissolved material, indicating a high conversion rate leaving no unreacted oil and only small amounts of diglyceride and monoglyceride.



http://www.b100supply.com/articles.asp?id=121#g15

posteriormente, darei a minha opinião sobre toda a tua intervenção. a questão que este forum mais se preocupa, é a segurança. não queremos ser responsáveis por protocolos onde o risco é enorme. agradeço que tomes sempre em conta que a maioria dos curiosos, não tem equipamento industrial, nem a noção do perigo dos produtos a manusear.

abraço.
Última edição por Fry em sexta dez 28, 2007 12:11 pm, editado 1 vez no total.


Fry
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Mensagem por Fry »

ahhh esqueci a girl mark

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é nossa menina chamada maria mark alovert, mais conhecida por girl mark, que editou um livro e viaja pelos estados unidos a fazer workshops de biodiesel

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RED BARON
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Mensagem por RED BARON »

obrigado fry e rui.

neste momento já estou bem mais rico em conhecimento.

para postar fotos no forum eu, e muito do pessoal usa um alojamento grátis na internet.

é só criar conta e fazer o upload. aqui vai o link:

http://imageshack.us/



bom ano novo.

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orbis
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Mensagem por orbis »

se aceitam um conselho usem http://www.photobucket.com. é muito mais fiável, embora implique registo.

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Rui de Carvalho
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Mensagem por Rui de Carvalho »

obrigado, pelas ajuda nas imagens e pela explicação sobre o metodo de determinar o grau de conversão. estou agora a analisar este metodo, e a comparar os seus resultados com protocolos mais rigurosos de forma a validar o rigor dos resultados.

a seguir, tive a pensar na vossas observações sobre a segurança de trabalhar com temperaturas de 70ºc e superiores, concordo que não deve ser tentado por pessoas sem ter alguma preparação previa.

assim desenhei um reactor facil de criar e bastante seguro de se usar por amadores curiosos (sem ofender ninguem neste forum), que possam tentar recriar alguns procedimentos mais perigosos sem se prepararem previamente com todas as medidas de segurança necessarias.

o reactor funcionará a pressão atmosferica apesar de estar 70,80 ou mesmo 90ºc no seu interior. e sem perdas de metanol, não é tão bom como um que funcione sobre pressão mas desta forma também dá bons resultados.

lista de coisas a usar:

placa de aquecimento electrica com agitador magnetico
balão de fundo plano com três bocas
duas rolhas para duas das bocas
uma coluna de refrigeração para a boca central
barrinha magnetica para a agitação
lã de rocha para resistencias electricas (lã branca, a amarela pode arder neste caso e não é tão seguro)
um termometro

como já podem estar a ver, a solução não é fechar o reactor para evitar a perda de metanol, mas neste caso é fazer com que o metanol que vai evaporando volte para dentro do reactor, assim os gases estão a ser arrefecido de forma a condensar o metanol que vai evaporando e volta a cair para dentro do reactor.

se for necessario apresento uma descrição mais detalhada da montagem.

como podem ver desta forma é muito mais seguro, não estao expostos aos vapores nem a uma pressão elevada com gases altamente inflamaveis.


nookia
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Mensagem por nookia »

viva rui,

antes de mais deixa-me dizer que o teu contributo tem sido muito interessante, com questoes muito pertinentes.

a tua ideia da reaccao em refluxo tem um pequeno problema, nao te esquecas que depois de teres o metanol em ebulicao so podes fornecer calor latente, ou seja apenas consegues temperaturas proximas do ponto de ebulicao do metanol. como sabes sem aumentar a pressao do teu reactor nao vais muito mais alem dos 65-70ºc.

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o meu reactor tem como base um barril de cerveja de 50l, posso trabalhar com seguranca até 2bar com uma margem de seguranca de 50%, apenas tenho um pequeno (grande!) problema no vedante do veio da bomba centrifuga do reciclo que nao me permite ir mto alem de 1bar sem ter fugas visiveis.

seria possivel esquematizar a tua linha de producao, do processo em si mais propriamente? como é o teu controle de qualidade, quais os metodos e parametros analizados?

e que tal uma visita, é possivel?

desculpa este bobardeamento de perguntas

um abraco.
Última edição por nookia em domingo dez 30, 2007 12:47 am, editado 1 vez no total.

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RED BARON
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Mensagem por RED BARON »

e que tal uma visita, é possivel?
vou aproveitar a boleia e expressar a minha vontade de visitar uma fábrica de bio.

estou farto de falar sobre ele e nunca ví uma fábrica de biodiesel.

peço desculpa por me estar a fazer tambem de convidado, espero não me estar a " esticar" em demasia.

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Rui de Carvalho
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Mensagem por Rui de Carvalho »

olá pessoal.

em primeiro lugar quero dizer que sim tem razão o objectivo do reactor que eu descrevi não é ir além da temperatura de ebulição da mistura reaccional, mas sim poder trabalhar nessa temperatura em segurança.

a razão pelo qual eu estava a falar de temperatura superiores aos 70ºc é que a temperatura de ebolição da mistura reaccional é superior a temperatura de ebolição do metanol puro. e efectivamente foi me possivel com este reactor atingir 75 ºc em completa segurança e tinha uma ligeira pressão. mas sim revi o que escrevi e teem razão 90 é um abuso, sendo impossivel sem por pressão no meio reaccional. contudo o reactor é bastante eficas para trabalhar no limite, em segurança.

em resposta ao vosso pedido de vizita, é perfeitamente possivel virem visitar a fabrica de rio maior, que neste momento esta em fase final de arranque e eu tenho o completo controlo das suas operações.

além do mais séria muito enriquecedor para as nossas conversas esta visita, visto poderem ver a produção de biodiesel a um nivel diferente do que estam normalmente habituados.

a de odrinhas é mais complicado visto eu não trabalhar lá.

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Luciano Kaefer
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Mensagem por Luciano Kaefer »

caro rui:

você tinha que vir montar uma usina de biodiesel aqui no brasil.
isso aqui está um absurdo em termos de concessões e incentivos fiscais.
matéria prima abundante, possibilidades de expansão em pouco tempo, mercado altamente consumidor, clima favorável.
se você soubesse a oferta de sebo bovino que existe nos frigoríficos, iria ficar espantado.
e existe pelo governo federal decisão política de aumentar essa matriz energética. a petrobrás hoje compra o biodiesel em leilões públicos, e a quantidade ofertada é inferior aos 2% que devem ser atingidos em 2008. e muito inferior aos 5% necessários em 2009. a petrobrás está pagando o mesmo valor do petrodiesel, pois não existe oferta, e o governo precisa cumprir o plano de 5% em 2009.

daí eu aproveitava o convite e iria visitar sua fábrica no brasil.

sds

luciano
O Conhecimento, quando Compartilhado, se Multiplica.


nookia
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Mensagem por nookia »

viva rui,
rui de carvalho Escreveu:em resposta ao vosso pedido de vizita, é perfeitamente possivel virem visitar a fabrica de rio maior, que neste momento esta em fase final de arranque e eu tenho o completo controlo das suas operações.
antes de mais obrigado pela tua disponibilidade.

qual seria a melhor altura para fazer a visita, caso seja possivel e caso mais alguem esteja interessado para alem do red baron, poderia organizar-se uma "visita de estudo"?

podemos sempre organizarmo-nos e partilhar o transporte para quem queira/precise, que tal rui e srs moderadores?

um abraco a todos.

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Rui de Carvalho
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Mensagem por Rui de Carvalho »

caros exploradores

ora tanto me faz o dia da semana, contudo é capaz de ser melhor durante o fim de semana, visto não interferir com a produção e assim posso explicar com calma sem ter de estar a ser interrompido. além de não ser muito seguro ter uma multidão a passear pela fabrica durante as operações.

assim pessoal, vejam o melhor para vocés e digam qualquer coisa.

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Rui de Carvalho
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Mensagem por Rui de Carvalho »

sucesso, já posso por imagens nas minhas descrições, e para começar vou apresentar o esquema do reactor que estava a descrever (pelo menos é o eu espero)

Imagem
by rffbc at 2007-12-29


este é o esquema da montagem, neste caso é feito com material de laboratorio e dá para fazer 500 ml de cada vez

Imagem
by rffbc at 2007-12-29

e aqui esta a foto da montagem já feita num dos laboratorio do ist

tive a disponibilidade de me emprestarem o lab. de lá para fazer uns testes cataliticos a uns tempos atrás

bem com isto toda a gente já deve ser capaz de o montar e usar esta montagem em segurança, mas mais uma vez, não se brinca com o fogo e com compostos toxicos e inflamaveis muito menos.

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escalavardo
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Mensagem por escalavardo »

devia-se então abrir um novo tópico, pelo rui, onde propunha uma data.. e aí quem quiser, inscreve-se. não sei se existe número limite de inscrições, mas eu sou a 2ª ou 3ª inscrição..

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Rui de Carvalho
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Mensagem por Rui de Carvalho »

ok.

isto é um aviso:


avisa-se todos os interessados a demonstrar o seu interesse nesta visita, através da marcação no topico criado por mim para esse efeito.

pede-se também que avisem todos os que podem ter interesse na visita. e que por acaso não vejam este aviso, nem o topico.

obrigado

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lobão
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Mensagem por lobão »

bem vindo ao fórum rui de carvalho!!!! pena que eu e o luciano estejamos longe para essa visita por que aqui no brasil uma usina de bd é quase um segredo de estado.

li seus tópicos, e apesar de ser amador tinha notado que com temperatura superior os 55ºc 60ºc a coisa fluía melhor, veja como é a coisa ainda não terminei meu reator e ele já é obsoleto.

um abraço a todos os amigos e um 2008,com muita paz, por que o resto a gente corre atrás!!!!!!!!!!

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