Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão
Enviado: sábado abr 16, 2011 3:14 pm
brasil quer ampliar relações com japão para ajudar na recuperação do país
16 de abril de 2011
em visita a tóquio, chanceler brasileiro negou que país esteja sendo duro com alimentos importados do japão
o ministro das relações exteriores, antonio patriota, levou neste sábado uma mensagem de solidariedade ao povo e ao governo japonês e disse que o brasil quer participar de perto da reconstrução do país, arrasado pelo terremoto e tsunami do dia 11 de março.
"a contribuição mais significativa a médio e longo prazo será a intensificação da nossa parceria econômica, através de laços comerciais mais estreitos e de cooperação em diversas outras áreas, principalmente a tecnológica", disse o ministro.
durante uma entrevista coletiva de imprensa, marcada por um forte tremor de 5.9 de magnitude minutos antes, o chanceler japonês, takeaki matsumoto, prometeu manter informado o governo brasileiro sobre o problema nuclear na usina de fukushima para que não haja mais restrições nas importações de produtos japoneses.
"o japão está tomando as medidas necessárias para assegurar a qualidade dos produtos japoneses", disse.
pelo lado brasileiro, patriota garantiu que o brasil não está adotando medidas mais restritivas do que outros países.
o ministro explicou que o brasil está se baseando em critérios acordados pela organização das nações unidas para agricultura e alimentação (fao) e pela organização mundial da saúde (oms) para restringir a importação de alguns produtos japoneses.
"nós nos dispomos a manter as medidas sob exame e inclusive enviar uma missão do ministério da agricultura ao japão", sugeriu.
exigências
o brasil, que tem a maior população de japoneses e descendentes fora do japão, passou a exigir que exportadores da área alimentícia incluam uma declaração da procedência do produto.
eles precisam declarar que o nível de radiação está abaixo do limite imposto pela fao e pela oms. a maioria destes produtos tem como destino lojas de produtos japoneses e restaurantes.
"o brasil ofereceu vários tipos de apoio após o desastre no dia 11, e tem mostrado confiança e solidariedade ao povo e governo japonês", agradeceu matsumoto.
"temos a plena confiança de que o japão vai superar todas as dificuldades", reforçou patriota.
matsumoto já admitiu que o japão foi lento na divulgação de informações pós-terremoto e tsunami, e que isto causou o êxodo de milhares de estrangeiros do país.
mas ele disse acreditar que a comunicação com as comunidades estrangeiras que vivem no japão tem melhorado.
"vamos continuar a passar informações de forma correta, apropriada e com transparência", disse, referindo-se à questão nuclear de fukushima, cujo nível de gravidade foi elevado para 7 nesta semana, nível máximo e que se compara à tragédia de 1986 em chernobyl.
temas bilaterais
os ministros também conversaram sobre a participação japonesa na licitação do trem de alta velocidade e na cooperação na área de tevê digital, cujo sistema japonês foi amplamente difundido na américa latina.
o chanceler brasileiro convidou o ministro matsumoto para que visite o brasil ainda este ano. "assim, podemos dar continuidade nas conversas sobre os acordos bilaterais."
patriota aproveitou a curta viagem para se reunir com cerca de 50 empresários e lideranças da comunidade brasileira no japão.
ele ressaltou que não houve registro de morte ou desaparecimento de brasileiros após a tragédia.
"a comunidade foi extremamente solidária e tem prestado um apoio às vítimas do terremoto no japão através de doações e campanhas", disse.
segundo dados do ministério da justiça do japão, cerca de 270 mil brasileiros vivem no país. bbc brasil
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 7113,0.htm
16 de abril de 2011
em visita a tóquio, chanceler brasileiro negou que país esteja sendo duro com alimentos importados do japão
o ministro das relações exteriores, antonio patriota, levou neste sábado uma mensagem de solidariedade ao povo e ao governo japonês e disse que o brasil quer participar de perto da reconstrução do país, arrasado pelo terremoto e tsunami do dia 11 de março.
"a contribuição mais significativa a médio e longo prazo será a intensificação da nossa parceria econômica, através de laços comerciais mais estreitos e de cooperação em diversas outras áreas, principalmente a tecnológica", disse o ministro.
durante uma entrevista coletiva de imprensa, marcada por um forte tremor de 5.9 de magnitude minutos antes, o chanceler japonês, takeaki matsumoto, prometeu manter informado o governo brasileiro sobre o problema nuclear na usina de fukushima para que não haja mais restrições nas importações de produtos japoneses.
"o japão está tomando as medidas necessárias para assegurar a qualidade dos produtos japoneses", disse.
pelo lado brasileiro, patriota garantiu que o brasil não está adotando medidas mais restritivas do que outros países.
o ministro explicou que o brasil está se baseando em critérios acordados pela organização das nações unidas para agricultura e alimentação (fao) e pela organização mundial da saúde (oms) para restringir a importação de alguns produtos japoneses.
"nós nos dispomos a manter as medidas sob exame e inclusive enviar uma missão do ministério da agricultura ao japão", sugeriu.
exigências
o brasil, que tem a maior população de japoneses e descendentes fora do japão, passou a exigir que exportadores da área alimentícia incluam uma declaração da procedência do produto.
eles precisam declarar que o nível de radiação está abaixo do limite imposto pela fao e pela oms. a maioria destes produtos tem como destino lojas de produtos japoneses e restaurantes.
"o brasil ofereceu vários tipos de apoio após o desastre no dia 11, e tem mostrado confiança e solidariedade ao povo e governo japonês", agradeceu matsumoto.
"temos a plena confiança de que o japão vai superar todas as dificuldades", reforçou patriota.
matsumoto já admitiu que o japão foi lento na divulgação de informações pós-terremoto e tsunami, e que isto causou o êxodo de milhares de estrangeiros do país.
mas ele disse acreditar que a comunicação com as comunidades estrangeiras que vivem no japão tem melhorado.
"vamos continuar a passar informações de forma correta, apropriada e com transparência", disse, referindo-se à questão nuclear de fukushima, cujo nível de gravidade foi elevado para 7 nesta semana, nível máximo e que se compara à tragédia de 1986 em chernobyl.
temas bilaterais
os ministros também conversaram sobre a participação japonesa na licitação do trem de alta velocidade e na cooperação na área de tevê digital, cujo sistema japonês foi amplamente difundido na américa latina.
o chanceler brasileiro convidou o ministro matsumoto para que visite o brasil ainda este ano. "assim, podemos dar continuidade nas conversas sobre os acordos bilaterais."
patriota aproveitou a curta viagem para se reunir com cerca de 50 empresários e lideranças da comunidade brasileira no japão.
ele ressaltou que não houve registro de morte ou desaparecimento de brasileiros após a tragédia.
"a comunidade foi extremamente solidária e tem prestado um apoio às vítimas do terremoto no japão através de doações e campanhas", disse.
segundo dados do ministério da justiça do japão, cerca de 270 mil brasileiros vivem no país. bbc brasil
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 7113,0.htm