e relativamente aos 5.000.000 de clientes da edp, é um numero que advém ine dizendo respeito ao numero de fogos (habitações) em portugal.
infelizmente a única referencia que encontrei relativa ao numero de casas vazias foi esta
http://diario.iol.pt/sociedade/ultimas- ... -4071.html
que é confusa como tudo e apenas se encontra replicada (já não há jornalismo a sério neste país) nos outros jornais de referencia.
tão depressa diz que há 500.000 casas vazias, como a seguir refere que só no norte há 1,6 milhões de casas vazias.
assim a olho apontaria para 3,5 milhões de fogos "activos", ie, com ligação à edp.
e corrige-me se estou enganado, mas esses 4.850.000.000€ correspondem apenas aos 10 projectos hidroeléctricos que estão planeados, não?
a juntar aos 4.100.000.000€ investidos em eólicas, certo?recentemente foi retomado o aproveitamento dos recursos hidroeléctricos nacionais, com uma mistificação ainda maior quanto à quantidade de energia de origem hídrica por eles produzível.
estando já em construção ou concessionados para tal 10 novos aproveitamentos hidroeléctricos, e a serem reforçadas as potências de mais 6, num aumento da potência instalada total de cerca de 4650mw, o investimento associado atinge o valor anunciado de 4850 milhões de €, mas a potência eléctrica de origem hídrica que efectivamente tal investimento produzirá em média será apenas da ordem de 175mw, 1/27 da potência a instalar e só 3% do actual consumo nacional de electricidade.
na verdade, sendo o nosso país relativamente dotado, em termos médios europeus, de potencial hidroeléctrico, a sua exploração no século passado constituiu por algumas décadas a fonte principal da electricidade consumida no país, mas nessa época o país era pobre e mal electrificado, sendo o consumo de electricidade por habitante em 1980 30% do actual, e em 1970 apenas 1/6.
devido ao crescimento do consumo propiciado pela democracia, a energia hidroeléctrica já só satisfaz, em média anual, 23% do consumo nacional, apesar deste ainda só atingir 3/4 da média europeia por habitante, não sendo passível de aumentos drásticos. por isso, apesar de os novos aproveitamentos incrementarem em 1/7.5 a energia nacional de origem hídrica, relativamente ao consumo actual do país isso é apenas 1/7.5 de 23%, 3%. este valor cobriria o aumento de consumo nacional de apenas um ano com o ritmo de crescimento que ele tinha antes da actual crise económica, não justificando os 4850 milhões de € de investimento envolvidos que, de uma forma ou de outra, terão de ser pagos pelos portugueses.