BIODIESEL DE GORDURA ANIMAL(BANHA DE PORCO/SEBO BOVINO)FOTOS

Experiências e Protocolos Com Óleo de Origem Animal
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lobão
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bio

Mensagem por lobão »

sabe luciano, o bd q fiz de sebo,esta líquido na temperatura ambiente ( hoje em torno de 19ºc) mas branco que nem leite, vou tirar uma foto depois posto aqui.
entrei em contato com um amigo no acre, para tentar obter mais informações, mas tá difícil eles guardam a sete chaves, o q descobri é q eles também estão apanhando bastante. ficou de conversar com a química de uma usina do governo, quando tiver mais informações entro em contato.
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Luciano Kaefer
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Mensagem por Luciano Kaefer »

olá lobão!
tirei uma foto agora das duas amostras que fiz de bio, sendo á da direita a da banha de porco e á da esquerda o de sebo bovino.
se vc comparar com a foto de ontem, vai perceber que a translucidez que o bio de sebo tinha, hoje já não tem mais.
para faze-lo, utilizei 16g/l de koh, temperatura de agitação de 70ºc e agitação durante 1 hora.
a receita veio de um funcionário, que trabalhou numa fazenda que processava 3.000l/dia usando essa formula. porém eles utilizavam 55ºc, diferentemente do que utilizei. lá onde ele fazia biodiesel de sebo, a temperatura raramente baixa de 25ºc á noite. brasil central, altissimas temperaturas.
estou aguardando agora a volta do aquecimento, para lavar e secar, para depois avaliar a qualidade do bio feito.
vou testar também com o naoh, porém corrigindo a sua quantidade para 11g/l, para compensar o peso molecular.
em breve posto aqui os resultados.
sds

luciano



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Luciano Kaefer
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Mensagem por Luciano Kaefer »

amigos:

hoje procedi a lavagem do bd feito á partir do sebo bovino.
normalmente, quando faço a lavagem do bio feito com banha de porco, chama a atenção a grande quantidade de lavagens que preciso fazer para obter uma água um pouco mais limpa.
começa com uma cor absolutamente branca e vai diminuindo, porém nunca consegui uma cor translúcida. o ph iniciava em 12 e ia baixando até ficar com ph 7,0.

causou-me espanto a lavagem feita com o bio de sebo. ao introduzir a água, a tonalidade do bio ficou turvo, igual á sumo de maça, da mesma forma que ocorria com a banha de porco, porém a novidade vem aqui:
a água que decantou, veio absolutamente limpa.
estou a ver a garrafa pet aqui na minha frente e não creio no que está ocorrendo.

lembro que o bio á partir do sebo foi feito á vários dias atrás e durante todo esse período, ora ficava translúcido, ora ficava turvo, de acordo com a temperatura local. mas nesse período, foi assentando logo acima da glicerina, uma camada esbranquiçada, com uma espessura de aproximadamente 0,5 cm.

esperei decantar a água e medi o ph. deu 5,77. medi ante o ph da água: deu ph 6,25.

red e lobão, como foram suas lavagens com o seus bios feito com sebo ?

lembro que utilizei koh na propoção de 16g/litro. poderia ser o uso dessa quantidade e o tempo de decantação os causadores da inexistencia da água branca e do ph baixo ?

alguém tem uma sugestão do que pode estar ocorrendo ?

são fatos novos e que nunca presenciei.

a informação de meu funcionário, é de que a água sai transparente.

saudações

luciano
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RED BARON
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Mensagem por RED BARON »

boas.

na lavagem do meu bio de sebo tambem me admirou o facto da agua ter saido logo transparente na primeira lavagem.

isto quer dizer que não há sabão nem produtos oxidados (em quantidade apreciável) durante o processo.

é normal que isso aconteça porque o sebo, sendo uma gordura altamente saturada, é muito inerte quimicamente justificando deste modo o seguinte comportamento.

-ausência de formação de sabão sem a presença de agua mesmo com excesso de catlizador.

-exige uma temperatura mais alta para que a reacção aconteça.

-menor afinidade (mais dificil de criar emulsão) com as moléculas de agua fazendo com que a separação se torne mais rápida e efectiva durante as lavagens.

-maior resistência à oxidação do bio durante o processo mesmo a elevada temperatura.

-queima mais dificil do bio de sebo comparado com o bio de oleo vegetal.


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Luciano Kaefer
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Mensagem por Luciano Kaefer »

boas red:

agora à pouco, fiz mais 2 lavagens e a secagem do bio.
o ph manteve-se estável nas duas lavagens, razão este que me levou a seca-lo.
a tonalidade de sumo de maçã que estava, virou cristalina quando aqueci ao fogo.

se vc recuperar lá nas primeiras msg, logo que consegui fazer o bio de banha de porco, a tonalidade ficou a mesma da foto publicada. aquela cor amarelada que estava nas últimas fotos, modificou-se.

o que notei foi que a glicerina era muito mais espessa, razão que me faz crer que a adição de 5% de água no final do processo facilite a remoção da glicerina. ela estava muito espessa, parecia um mel escuro e grosso, difícil de retirar.

quando estava na fase de pré-lavagem, o bio alternava liquido-sólido, de acordo com a temperatura ambiente, que nesta época do ano, altera muito.

vou esperar a passagem desta noite para avaliar o comportamento do bio seco e amanhã vou fazer o teste dos 3/27, além dos demais testes que sabemos...

quero também testar uma amostra utilizando naoh. creio que deverei usar em torno de 11g/litro para equivaler o peso molecular...

poste sua opinião...

sds

luciano
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Mensagem por Luciano Kaefer »

red:

estou aqui a pensar sobre as reações que aconteceram no bio e algumas dúvidas me vêm á cabeça:

sabemos que o sebo suporta um excesso de catalisador sem que isso represente emulsão.
no meu teste, utilizei 16 g/litro de koh ( ou o 11g/litro de naoh ).
essas medidas é um excesso que não representou emulsão.

se a água saiu límpida e o ph ficou em 5,8 onde está o excesso do catalisador ?

sempre usamos a lavagem para remover o excesso de soda e eventual glicerina que estivesse no bio. se a água manteve-se num ph de 5,8 e usamos sabidamente um excesso de koh ou naoh, não lhe parece que tem alguma coisa errada no processo ?

quando medi a primeira vez o ph, achei que partiria de uns 14, mas para minha surpresa, mostrou-se um ph levemente ácido, o que contraria o que sabemos sobre o bio de óleo usado.

saudações

luciano
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lobão
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Mensagem por lobão »

o que me chamou atenção quando fiz o teste com sebo, foi como a glicerina separou rápido, em menos de 5 minutos a glicerina estava praticamente separada e sem adição de água. quando aqueci para tirá-la ( pois nesse dia fazia nenos de 9°c ) o bio derreteu mas a glicerina ficou sólida

quando fui fazer a lavagem notei q tinha alguns pontos brancos, q imaginei q era o exesso naoh, e que teria dificuldade para lavar, quando coloquei água e sacudi a pet parecia q ia emulcionar mas não separou bem rápido e a água ficou como suco de maçã, na segunda lavado a água ja ficou bem clara.

quanto ao ph não fiz o teste.

o que tenho notado é que o bd de sebo, em temperatura ambiente, ele esta líquido mas não com aquela cor amarela bonita como as das fotos, esta com uma cor pálida mais para o branco ( como uma água turva).

amanhã vou assistir a um simpósio aqui na universidade de pelotas vamos ver quais serão as novidades.

sds!!!!!!!!!


lobão
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Luciano Kaefer
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Mensagem por Luciano Kaefer »

lobão:

depois de lavado e secado, o bio feito de sebo ficou com uma aparência igual á sua descrição: não é tão bonito quanto os bios feito de óleo vegetal.
porém o que nos interessa é a sua viabilidade. cheiro, cor, nada disso importa, desde que possamos pegar nos matadouros uma gordura que custa us$ 0,05 e transforma-lo em um produto qe custa us$ 1,00. mesmo considerando o metanol ( que pode ser reaproveitado ), custos de manipulação etc..., vamos ter esse bio por um preço pelo menos uns 70% mais barato.

pelos testes que venho fazendo, deixo o litro de bio de sebo exposto á temperatura ambiente e noto drásticas variações: depois de passado á noite fria, pela manhã ele está quase sólido e com o aumento da temperatura durante o dia, ele volta a ficar cristalino, como desejamos.

já li alguns relatos aqui no forum sobre a adição de 5% de gasolina, para quebrar esse problema. ainda não testei essa possibilidade.

de qualquer forma, do jeito que está atualmente, só vejo viabilidade de uso do bio de sebo nos meses mais quentes do ano, onde a temperatura da noite não baixe tanto.

isso não dhega a ser um problema, já que podemos ter várias fontes de gordura e utilizar a do sebo somente nos meses quentes.

se alguém já tentou adicionar gasolina no bio, dê uma pista aqui pra gente...

poste as notícias do simpósio.

saudações

luciano
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lobão
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Mensagem por lobão »

luciano: voltei hoje a tarde de um simpósio sobre biocombustiveis com mais dúvidas q tinha antes, as informações são contraditórias parece q todo mundo está escondendo o jogo!


mas consegui marcar uma visita à uma micro usina q esta operando com sebo, e uma entrevista com o químico responsável, vamos ver no q da.

consegui saber também q a turma ta usando um adsorvente, mas não é o silicato magnésio (pó de talco), só sei q é importado e q é barato, se usa 2%.
peço ajuda ao pessoal do forum para desvendarmos essa charada.

cheguei a conclusão que o pessoal aqui querem mesmo é vender as usinas!!!

depois da visita postarei os resultados

sds!!!!

lobão
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Luciano Kaefer
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Mensagem por Luciano Kaefer »

boa noite lobão!
sem dúvida alguma que o objetivo do biodiesel no brasil é de vender usinas ou ser produtor de pinhão manso...
por todo o lugar que viajo, ninguém tem a menor idéia que o bio feito em casa, pode representar a mudança da vida de muitas pessoas.
o processador que fiz, não gastei mais do que 500 reais ( us$ 230 ).
hoje fui buscar oleo num restaurante de beira de estrada, que não tinha o que fazer com o óleo de frituras.
retirei 300 litros em poucos minutos.
um caminhoneiro poderia coletar óleo em diversos restaurantes de seu caminho e chegando em casa no final de semana, procesar o óleo e ter combustivel para o seu caminhão.
micro usinas aqui no brasil, nem pensar! o lula não permite.

sei que existe um tal de magnesol, que possui a mesma função do pó de talco, mas não sei muito sobre ele.

a coisa aqui está evoluindo...
fiz o teste do 3/27 e tanto o bio de banha de porco, quanto o de sebo, passou no teste.
em razão das baixas temperaturas noturnas, o bio de sebo amanhece solidificado, mas assim que o sol aquece o litro, ele volta a ficar translucido.

adicionei nesse litro, mais 1 litro de petrodiesel, o que significa b50.

amanhã cedo vou ver o que aconteceu com a mistura e posto aqui os resultados.

sds

luciano
Última edição por Luciano Kaefer em sábado set 15, 2007 3:39 pm, editado 1 vez no total.
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Mensagem por Luciano Kaefer »

ontem após fazer o teste dos 3/27 ( tres ml de bio de sebo + 27 ml de metanol ), misturei no litro do bio de sebo + 1 litro de petrodiesel.

deixei a garrafa pet exposta ao tempo ( temperaturas baixas á noite ) e fui verificar o que aconteceu hoje pela manhã.

o b50 ficou ligeiramente turvo, porém sem nenhuma formação de grumos, ou partes sólidas como ocorria com o b100.

isso melhora os prognósticos, pois mesmo em temperaturas baixas, se utilizarmos misturas com petrodiesel, é possível trabalhar com bio de sebo no inverno.

resta saber qual a proporção de segurança.
testei b50.

red, vc que está numa região que vai começar a esfriar, podia fazer diversas formulações com o bio de sebo + petrodiesel, usando a escala total, b10, b20....até a b100, para a gente saber em qual concentração podermos firmar um protocolo seguro para uso nos motores.

sds

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Mensagem por Luciano Kaefer »

caro amigo red baron:

postei no tópico, algumas perguntas que são fundamentais para poder continuar os experimentos e precisava de sua opinião...
o teste dos 3/27 foi positivo para ambos bios que produzo, sebo e banha.
entretanto, a utilização de 16g/litro de koh, representa um excesso que não estou compreendendo a reação química.
se a água das lavagens saiu limpida desde o início e mantendo um ph de 6,8, onde encontra-se o excesso de koh. será que desceu tudo junto com a glicerina ?, ou a lavagem foi deficiente ?
quando vc tiver a oportunidade de responder, dê uma mão no processo. levantar um peso com várias mãos ajudando é muito mais fácil.
conto com sua ajuda, assim que possível.
sds
luciano
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RED BARON
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Mensagem por RED BARON »

boas luciano.

de momento estou sem tempo para investigar.

logo que puder duplico os procedimentos para ver o que acontece e dar a minha opinião.

prometo que vou ser breve.

no entanto o que me parece é que o bio de sebo é muito diferente de todos os outros pelo facto de ser uma gordura saturada.

pelo que tenho lido, e no tópico ( bio sem lavagem) está lá, a glicerina o catalizador e o sabão não são soluveis no biodiesel a não ser enquanto este contiver uma boa percentagem de metanol.

tambem tenho experiência que quanto mais insaturada for a gordura a transesterificar, com mais facilidade ela oxida com a temperatura e se liga com a agua (é por esta razão que as aguas da lavagem do bio de oleo vegetal nunca saem limpas).

-é mais inerte quimicamente sendo mais dificil de transesterificar e não produz sabão na ausência de agua.

-separa-se da glicerina e sabão muito rápidamente fazendo com que algum sabão e restos de catalizador(atenção que o catalizador só é comsumido se houver formação de sabão) sejam arrastados para a glicerina. daqui pode resultar que o bio já esteja limpo quando vai para a primeira lavagem, e daí o facto da primeira lavagem ser suficiente para que o bio fico pronto para a secagem.

no meu aconteceu o mesmo, logo na primeira lavagem a agua saiu limpimha e a agua separou num instante. comparei a veleocidade de separação com uma amostra de bio de oleo vegetal e a de sebo foi muito mais rápida a separar, foi incrível.

tudo indica que está aqui um produto com várias vantagens no que respeita à lavagem do , que é a parte mais trabalhosa e complicada de todo o processo de fazer bio, para se obter um produto de qualidae e com a garantia que o motor não apanha uma indisgestão.

por isso penso que já podemos condensar alguma informação sobre o bio de sebo.embora a práctica agora irá ditar se isto é verdadeiro ou não.



desvantagens:

maior temperatura da reacção sigifica mais gasto energético (mas pouco).

maior ponto de fusão que obriga a uso diluido ou temperaturas de utilização mais elevadas.

queima mais dificil obrigando a sistemas de injecção bem afinados e limpos senão forma carvão nos injectores, ou utilização mais diluida com petrodiesel.

vantagens:

não necessita de titulação do sebo.

separa melhor a glicerina e mais rápidamente.

não forma emulsão.

lavagem com agua muito fácil e com menos passagens.

mais resistente à oxidação, muito importante para armazenamento podendo assim dispensar anti-oxidantes

um abração.

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lobão
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Metanol

Mensagem por lobão »

bem pessoal andei pesquisando o preço do metanolencotrei a r$ 1,50 o lt tonel com 200lt com 30 dias para pagamento, mais frete de sp. e o hidróxido de potássio u$1,66 sacos de 25kg mais frete.

vamos ver agora a burocracia para comprar!

luciano o q achas da notícia, nesses valores vai baixar bem nossos custos com a lavoura.
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Mensagem por Luciano Kaefer »

olá lobão:
vc tem que passar o endereço dessa pechincha do metanol. o melhor preço que consegui foi de 2 reais ( us$ 1 ), comprando em quantidades pequenas. tenho que ir buscar ( 50 km ).
quando ao naoh, transformando em reais, sai quase o mesmo preço da soda nas ferragens, comprando de quilo em quilo.
o que tenho notado é que uns 35% do naoh comprado em ferragens não reage. porisso, coloco uma quantia maior.
o maior problema que vejo na produção do biodiesel é o seu custo.
primeiro a aquisição do óleo. se for usado de restaurantes, sai mais em conta. de sebo então nem se fala. quase de graça.
existem muitas rotinas na fazenda, que deixamos de fazer por conta do alto custo do diesel.
estamos no caminho certo.
entre ontem e hoje, produzi no meu pequeno reator, 140 litros de biodiesel.
falta ainda lavar e secar.
deixei uma amostra numa garrafa pet e notei que após 2 dias, o bio ficou cristalino.
no último batch utilizei apenas 15% de metanol.
a reação fiz com 70ºc, durante 2 horas.
tá bonito. amanhã posto novas fotos.

sds

luciano
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Mensagem por Luciano Kaefer »

boas red:
o batch que fiz hoje, com banha de porco, utilizei 15% de metanol.
notei que a glicerina ficou muito espessa, chegando a solidificar na saída, embora tivesse mantido a decantação em 50ºc. precisei desmanchar a tubulação para poder liberar a saída da glicerina.
creio que para quantidades menores de metanol, seja necessário a adição da água, não para acelerar o processo, mas para tornar a glicerina menos viscosa.
utilizei 11g/l de naoh. não ocorreu nenhuma emulsão. isso comprova o que temos vivenciado: o bio á partir de banha e de sebo, tolera altas quantidades de catalisador, o que representa uma tranquilidade á mais.

desta vez vou lavar e secar fora do reator. libero ele mais cedo para produzir novos batchs e posso visualizar o processo de lavagem, o que dentro do reator fica impossível.

relatei em msg anteriores que fiz o teste dos 3/27 e os 2 produtos, sebo e banha passaram no teste.

creio que não vai ter nenhum problema na bomba injetora.

em 1 litro de bio de sebo, adicionei + 1 litro de petrodiesel e mantive a garrafa na rua, exposta á baixas temperaturas noturnas. não ocorreu nenhuma solidificação e não percebo aumento da viscosidade.

amanhã tem novidades por aqui.

sds

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Mensagem por Luciano Kaefer »

boas amigos:

hoje comecei a fazer a lavagem fora do reator. utilizei um bidon de 100 litros e coloquei uma pedra porosa ligada á um compressor de ar de aquários.
como relatado pelo barbas, deixei 6 horas a borbulhar. fui ver agora á pouco, e tudo ficou branco leitoso. ainda não sei se vai decantar, mas está parecendo aquela sua foto, red baron, tudo branco.

já vi o fry dizer que o sal é o melhor separador de emulsões, enquanto o red escreveu ser o vinagre uma boa alternativa.

mas tem algumas questões:

1) o fato de depois de 6 horas à borbulhar ter ficado tudo branco é de fato emulsão ? ou vai decantar ?

2) se for uma emulsão, que quantias vcs me sugerem para 100 litros de bio feito com banha de porco ?

3) o que é melhor usar: sal ou vinagre ?

depois das sugestões volto à carga e posto aqui os resultados.

saudações

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Mensagem por Luciano Kaefer »

amigos:
achei dentro dos tópicos a resposta aos meus questionamentos anteriores.
5% do óleo a ser tratado.
existe um ditado que diz: "jamais deixe todos os ovos dentro do mesmo cesto. se o cesto cair, você fica sem ovo nenhum..."
baseado nesse ditado, retirei duas amostras de 500 ml do óleo emulsionado.
apliquei num vidro 50 ml de vinagre e no outro 50g de sal diluido em 50 ml de água.
pela aparencia, o vinagre foi que fez o serviço melhor. em segundos estava separando completamente.
nem cheguei a agitar 10 minutos, como escreveu o red baron.
amanhã vou comprar 5 litros de vinagre para colocar nos 100 litros que estão lá, totalmente emulsionados.
amanhã posto os resultados.
sds
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Mensagem por Fry »

atenção que o vinagre altera o ph e o sal não.
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Mensagem por Luciano Kaefer »

olá fry:
observando os dois vidros com maior tempo de decantação, realmente percebe-se que o vidro que utilizei o sal, assenta melhor a emulsão e torna o bio mais límpido do que o vinagre.
ainda tenho tempo de escolher a melhor alternativa. somente amanhã é que vou reverter a emulsão.
sds
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