Custos de carregamento EV em postos públicos

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pedrosilva
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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

Mensagem por pedrosilva »

A julgar pela calculadora do "Opel e", a autonomia para fazer uma média de 130 km/h em AE é menos de metade da autonomia anunciada/oficial.

Quantos carros desses têm 600km de autonomia anunciada para fazer Lisboa - Porto a velocidades de auto-estrada sem recarregar? Se forem a 60 km/h até fazem Caminha a Vila Real de Santo António e ainda sobra para ir aos caramelos.

Na Alemanha a quota de mercado dos "electrificados" com plugin já vai em 23% e os 3 primeiros são BEV. Os BEV já são 11% das vendas totais na Alemanha.

https://cleantechnica.com/2021/07/18/te ... 21-leader/


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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

Mensagem por APHenriques »

rnlcarlov Escreveu: quarta set 22, 2021 2:21 pm
pedrosilva Escreveu: quarta set 22, 2021 11:37 am
As estações de serviço serão visitadas por 10% de EV muito antes do parque automóvel total ser 10% EV. Observe quando vai em viagem se não vê quase só "carros novos" com as matrículas de 4 letras... Na Alemanha a produção automóvel foi já de 20% electrificados vs 6,8% em Março 2020:
https://energymonitor.ai/sector/transpo ... y-electric

Comparar com o parque automóvel instalado vai substimar demasiado a progressão dos novos EV e o que representa a utilização de um carro novo vs antigos.
Mas isso também mete os híbridos à mistura, que praticamente não são utilizadores de carregadores rápidos. E lá está, uma boa parte dos modelos 100% elétricos mais vendidos têm autonomias superiores. Id3, Tesla, Kona....
Eu comprei um hibrido plug in há 3 anos exactamente pela falta de opções de modelos e carregadores.... adoro o carro e vou manter, mas não voltarei a comprar um carro com escape.

Faço por vezes o percurso Ericeira-Portimão, 330 kms. Normalmente com paragem de 10 a 15 minutos a meio para esticar as pernas. Cumprindo rigorosamente os limites legais de velocidade, são 3 horas, considerando que inclui 10 kms em estrada urbana.

Por acaso o meu carro carrega também nos PCR, mas está limitado a 22kW. Na prática, se na paragem de 10 minutos fizer um carregamento, dá 20kms sem gasolina, mas em custos é insignificante... nunca o fiz, pois não se justifica estar a ocupar um posto por isso.

Por acaso este ano verifiquei se se tivesse necessidade de carregar um BEV, conseguiria fazê-lo... talvez por sorte, encontrei sempre o PCR livre quando passei nas áreas de serviço... mas pelo que sei para muitos BEV foi complicado este verão... entretanto os novos postos vão dar uma ajuda, mas são muito insuficientes a curto prazo, sem dúvida.

Não deixa de ser curioso que considerando os postos que estão para abrir muito em breve nas áreas de serviço desta via, e alguns perto dos acessos, mesmo tendo uma autonomia de apenas 30 kms em AE, já conseguiria fazer o percurso praticamente sem gasolina. Obviamente que não seria prático... uma verdadeira estupidez. :)

Mas com um Corsa E, faz-se bem... o problema é ter postos livres quando se precisa.
Com um Tesla faz-se melhor... ;)


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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

Mensagem por APHenriques »

JLMF Escreveu: quarta set 22, 2021 11:48 am
APHenriques Escreveu: quarta set 22, 2021 11:05 am
pedrosilva Escreveu: quarta set 22, 2021 9:24 am Não seria melhor licenciar áreas maiores com centrais de painéis solares e onde houver condições (provavelmente poucos sítios) licenciar eólicas perto das estações de serviço? Pelo menos aí sabíamos que estávamos a abastecer com uma parte garantidamente energia renovável e não com electricidade feita a partir de gás natural.
Sem dúvida, mas a questão não são as licenças, mas sim o investimento...
Também é importante ter em atenção que as eólicas só são produtivas em locais específicos. Normalmente em zonas costeiras, ou montanhosas ... já os fotovoltaicos requerem muito espaço e estão limitados ao período de sol... em qualquer dos casos o apoio da rede para a potência pretendida tem de estar sempre lá.... e pode estar. Não é problema.
Sem dúvida, mas a questão não é o investimento, mas sim as licenças.
Licenças para vender eletricidade para recarga de veículos eléctricos.
O investimento no posto de carregamento é feito por quem não pode vender eletricidade, então para que raio vai produzir eletricidade se não a pode vender? Quem tem licença para vender eletricidade não tem de investir, quem investe não tem licença para vender. É o "Modelo" OK?
Os principais OPC são a Galp e a EDP Comercial, nestas áreas. Ou seja, são OPC e CEME... nada os impede de instalar painéis solares na cobertura dos postos para autoconsumo destes, por exemplo... na verdade teriam de o fazer em todo o parque para ter alguma relevância... é importante ter em consideração que para alimentar um único PCR 50kW (e existem com baterias incluídas) é necessário uma área fotovoltaica de 300 m2 pelo menos para ter alguma relevância.


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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

Mensagem por JLMF »

APHenriques Escreveu: quarta set 22, 2021 6:55 pm Os principais OPC são a Galp e a EDP Comercial, nestas áreas. Ou seja, são OPC e CEME... nada os impede de instalar painéis solares na cobertura dos postos para autoconsumo destes, por exemplo...
Nada os impede? O CEME produz e "vende" a ele mesmo? O CEME produz e "vende" a quem? O CEME produz, converte e injeta na rede "ao negro" depois de alimentar o OPC como se fossem a mesma entidade fiscal e jurídica?
Pois, então há algo que eu desconheço e perante tanta certeza não contesto, seja.
Se tiveres conhecimento de algum caso específico ou de alguma abertura legal para o procedimento, agradeço.


Freddy_krueger
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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

Mensagem por Freddy_krueger »

O uso da energia fotovoltaica em estações de carregamento (com ou sem baterias), é para mim uma das razões pelo que defendo um modelo sem OPC+CEME mas apenas entidade carregamento que se responsabiliza tanto pelo posto como pela energia....
"Freddy Krueger"
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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

Mensagem por pedrosilva »

APHenriques Escreveu: quarta set 22, 2021 6:55 pm na verdade teriam de o fazer em todo o parque para ter alguma relevância... é importante ter em consideração que para alimentar um único PCR 50kW (e existem com baterias incluídas) é necessário uma área fotovoltaica de 300 m2 pelo menos para ter alguma relevância.
Concordo, em todo a área de serviço teria muita relevância, seriam practicamente independentes durante o dia. Penso que também facilitaria tecnicamente os carregamentos em DC.
A área de serviço do pombal por exemplo tem 50 mil metros quadrados, em cada sentido da estrada. Se ocuparem 20% dessa área (edificado e estacionamentos?) com painéis solares daria à vontade 1,5MWpeak, é claro que estando a chover fortemente só tinham 150kW e de noite nada... pelo que seria importante estar conectado à rede de qualquer forma até para exportar o excedente. Ligando as duas áreas de serviço teríam 3MWpeak

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rnlcarlov
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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

Mensagem por rnlcarlov »

APHenriques Escreveu: quarta set 22, 2021 6:34 pm Por acaso este ano verifiquei se se tivesse necessidade de carregar um BEV, conseguiria fazê-lo... talvez por sorte, encontrei sempre o PCR livre quando passei nas áreas de serviço... mas pelo que sei para muitos BEV foi complicado este verão... entretanto os novos postos vão dar uma ajuda, mas são muito insuficientes a curto prazo, sem dúvida.
Em todas as viagens que fiz este Verão nunca tive problemas para carregar. Claro que não viajo 6ª/Domingo à tarde. Viajar em horas de ponta é mau em todos os aspetos, não apenas para carregar. Este ano para carregar em Évora foi uma maravilha, com 4 PCRs por onde escolher.

Em relação a instalar painéis para uso nos carregadores, com o modelo atual não dá. Agora fora do modelo é outra história. Por exemplo como já se observa no Continente, que tem muitos painéis em algumas lojas e carregadores privados no parque de estacionamento. Ou então o posto privado da Evio, localizado no estacionamento dos armazéns Reis de Viseu, cujo parque tem uma quantidade impressionante de painéis a servir de cobertura. Não é por acaso que o custo de carregar nesses postos é bem inferior aos da rede pública.


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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

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Freddy_krueger Escreveu: quinta set 23, 2021 8:55 am O uso da energia fotovoltaica em estações de carregamento (com ou sem baterias), é para mim uma das razões pelo que defendo um modelo sem OPC+CEME mas apenas entidade carregamento que se responsabiliza tanto pelo posto como pela energia....
Uma coisa não impede a outra.

Se só tivessemos o dono do posto, implicava que cada posto teria o seu tarifário e teriamos que pagar directamente a cada um.... e implicaria cada posto ter um sistema de facturação proprio com os custos que isso implica. Não só fiscal. Também custos de processamento de pagamento, como taxas muitibanco, visa, etc.

O facto de termos uma entidade com a qual temos um acordo comercial (CEME) permite termos um tarifário único em todo o pais e evita custos adicionais e variáveis de processamento de facturação.

Também permite de uma forma simples, sem custos operacionais a disponibilização de postos privados de entidades DPC, na rede.

Vejo frequentemente criticas ao modelo criado, mas a verdade é que foi bem pensado e permite uma flexibilidade garantindo sempre custos reduzidos.

Permite-nos (como UVE) ter um tarifário energético único, ou usar vários, consoante os contratos e descontos propostos em cada dia ou horário, e usar todos os postos de todo o tipo independentemente de quem é o proprietário do mesmo. E garante a livre concorrência entre proprietários dos postos, sejam OPC ou DPC.

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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

Mensagem por rnlcarlov »

APHenriques Escreveu: quinta set 23, 2021 10:41 am Se só tivessemos o dono do posto, implicava que cada posto teria o seu tarifário e teriamos que pagar directamente a cada um.... e implicaria cada posto ter um sistema de facturação proprio com os custos que isso implica. Não só fiscal. Também custos de processamento de pagamento, como taxas muitibanco, visa, etc.

O facto de termos uma entidade com a qual temos um acordo comercial (CEME) permite termos um tarifário único em todo o pais e evita custos adicionais e variáveis de processamento de facturação.

Também permite de uma forma simples, sem custos operacionais a disponibilização de postos privados de entidades DPC, na rede.

Vejo frequentemente criticas ao modelo criado, mas a verdade é que foi bem pensado e permite uma flexibilidade garantindo sempre custos reduzidos.

Permite-nos (como UVE) ter um tarifário energético único, ou usar vários, consoante os contratos e descontos propostos em cada dia ou horário, e usar todos os postos de todo o tipo independentemente de quem é o proprietário do mesmo. E garante a livre concorrência entre proprietários dos postos, sejam OPC ou DPC.
Heim? :shock:
Evitar custos adicionais? O modelo é que traz custos adicionais. Não me vão dizer que é coincidência que nas redes privadas em Portugal se paga muito mais barato. Até uma empresa de pequena dimensão (chargesurfing, p. ex.) consegue integrar vários DPCs a um custo bem mais baixo que a mobie.
Em Espanha existem várias redes de postos de carregamento (Wenea, Iberdrola, EasyCharger, Cargacoches). Sim, cada rede tem o seu preço, mas não é por isso que é necessariamente mais caro, antes pelo contrário. Três delas custam 0,30€/kWh e a primeira 0,39. Preço em horário diurno e por kwh, sem preocupações de rapidgates aumentarem o custo. Claro, se houver inúmeros donos de postos cada um com dois ou três postos poderá ser um sobrecusto para donos de muito pequena dimensão, mas na prática o que se vê é que são redes de postos que constituem a maior fatia do bolo.


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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

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É certo que a facturação por tempo por parte dos OPC não ajuda no custo final por kWh carregado.
Mas é uma opção do OPC. Mas a maioria dos carregamentos em PCR ficam com um custo abaixo dos 0,40€/kWh.
Mas depende do carro, da temperatura, etc.
No meu não ficam a esse preço de certeza... :(
Já nos PCN com potencias de 22kW os carregamentos ficam extremamente caros para a maioria dos carros que carregam muito abaixo disso.

Mas o problema não está no modelo, mas sim nas opções tarifárias. E nos encargos adicionais que condicionam a rentabilidade do posto.
Por exemplo no meu Concelho o OPC entrega 10% da facturação à CM. Porque faz parte do contrato de concessão por imposição desta... logo os preços são mais elevados para o UVE.

Por outro lado, o Lidl tem postos PCR bem mais baratos, porque optou por não lucrar com eles... e são da rede Mobie, mas não cobram ao OPC custos de ocupação de espaço, ou percentagens de facturação.

No caso da chargsurfing está a fazer o correto que é diferenciar preços de tempo por potência.... mas é uma rede pequena, de rentabilidade muito limitada e dirigida a DPCs, que não dependem da rentabilidade do posto directamente, mas sim com acréscimo de clientes da sua actividade ou para uso próprio de frota.
Só comparável com os postos DPC da Mobi.e.

Seja como for, a mim também não me interessa nem me parece útil a comparação com o sistema espanhol, pois até o IVA é diferente.


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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

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APHenriques Escreveu: quinta set 23, 2021 10:41 am
Freddy_krueger Escreveu: quinta set 23, 2021 8:55 am O uso da energia fotovoltaica em estações de carregamento (com ou sem baterias), é para mim uma das razões pelo que defendo um modelo sem OPC+CEME mas apenas entidade carregamento que se responsabiliza tanto pelo posto como pela energia....
APHenriques Escreveu: quinta set 23, 2021 10:41 am Uma coisa não impede a outra.
Impede sim, o OPC explorando um posto ou centenas deles não pode vender energia, nem comprar, para que vai produzir?
APHenriques Escreveu: quinta set 23, 2021 10:41 am Se só tivessemos o dono do posto, implicava que cada posto teria o seu tarifário e teriamos que pagar directamente a cada um.... e implicaria cada posto ter um sistema de facturação proprio com os custos que isso implica. Não só fiscal. Também custos de processamento de pagamento, como taxas muitibanco, visa, etc.
E depois? Seria mais caro e mais complicado do que com este "Modelo"?
Que grande confusão e contradição.
Então se acima afirmavas que e cito "Os principais OPC são a Galp e a EDP Comercial, nestas áreas. Ou seja, são OPC e CEME.." e elogias isto? Para que serve? Para que precisamos?

Então se são os principais OPC porque precisam de ser CEMEs e não são simplesmente fornecedores de eletricidade para recarga de veículos eléctricos nos seus postos de carregamento?

O exemplo da Galp dado por ti é sintomático comparando com as estações de serviço onde vendem combustíveis. Precisam de um "CEME" para chegar ao cliente? Precisam de um OPC para disponibilizar um serviço?

O cliente que tem fidelização com a Galp, cartão frota ou outro ou descontos cruzados com o supermercado ou descontos de associações profissionais, de ordens profissionais, ou seja do que for não abastece em qualquer das centenas de estações de serviço Galp ou em qualquer outra estação de serviço de qualquer outra marca?

É algum papão este sistema de venda de combustíveis fósseis ou é uma questão ideológica?
APHenriques Escreveu: quinta set 23, 2021 10:41 am O facto de termos uma entidade com a qual temos um acordo comercial (CEME) permite termos um tarifário único em todo o pais e evita custos adicionais e variáveis de processamento de facturação.

Também permite de uma forma simples, sem custos operacionais a disponibilização de postos privados de entidades DPC, na rede.
Queres dizer: O facto de termos um monopólio onde quem investe não vende nem compra nem tem clientes e quem não investe tem os seus interesses salvaguardados. e protegidos pelo Estado através da Mobi.e.

Um acordo comercial? Pois essa é a base medíocre deste "Modelo" que é proteger as distribuidoras de eletricidade impedindo os donos dos postos de comprar e vender eletricidade como fazem nos fosseis e como fazem também na eletricidade por essa europa fora. É preciso algum acordo comercial para qualquer um de nós abastecer gasolina?
Mas pode ter, há centenas de cartões de desconto e fidelização.

Já entendeste porque é que os OPC não podem comprar nem vender energia como acontece nos outros países?
Já entendeste que o problema está aí e que esta proibição é a base deste "Modelo" e que quem o defende é conivente com esta aberração e são aqueles a quem nunca interessou nem interessa evoluir?

Já deu para entender que mesmo um OPC que tenha centenas de postos só por questão de imagem, a perder dinheiro, vai ter alguma preocupação ambiental e produzir a sua energia nem que tenha uma herdade por trás de cada posto?

Essa do "tarifário único em todo o pais e evita custos adicionais e variáveis de processamento de facturação" é a sério? Onde, em que País? Não fosse algumas APPs que por aí andam ninguém saberia quanto custa uma recarga e mesmo assim... A Mobie.e é de borla? Não e será cada vez mais cara, espera pela próxima...
APHenriques Escreveu: quinta set 23, 2021 10:41 am Vejo frequentemente criticas ao modelo criado, mas a verdade é que foi bem pensado e permite uma flexibilidade garantindo sempre custos reduzidos.

Permite-nos (como UVE) ter um tarifário energético único, ou usar vários, consoante os contratos e descontos propostos em cada dia ou horário, e usar todos os postos de todo o tipo independentemente de quem é o proprietário do mesmo. E garante a livre concorrência entre proprietários dos postos, sejam OPC ou DPC.
Mais do mesmo. O que é isto? Uma fábrica de ar? Precisamos de uma fábrica de ar? Livre concorrência entre OPCs que nem podem comprar nem vender eletricidade nem sabem quem são os clientes a quem vendem minutos?

O que é que isto tem de evolução em relação á venda de combustíveis fósseis ou da maioria do comércio?

Inventaram uma roda quadrada e a seguir colocaram uma suspensão pneumática que pesa e custa mais do que o veículo e dizem-nos que é necessária senão sentiria-mos solavancos e tudo isto com uma máquina de propaganda montada pela Mobi.e que todos vamos pagar.
Recusam reconhecer que a roda redonda já existia.


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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

Mensagem por Freddy_krueger »

JLMF Escreveu: quinta set 23, 2021 10:25 pm Inventaram uma roda quadrada e a seguir colocaram uma suspensão pneumática que pesa e custa mais do que o veículo e dizem-nos que é necessária senão sentiria-mos solavancos e tudo isto com uma máquina de propaganda montada pela Mobi.e que todos vamos pagar.
Recusam reconhecer que a roda redonda já existia.
Basicamente é isso que penso... 8-)
Felizmente não faço muito uso da rede pública pois 95% dos carregamentos são em casa....mas mesmo assim...
É que para abastecer o carro de sumo de dinossauro (em inglês é mais giro), não pago a uma entidade gestora pública + ao posto pelo bombear e espaço + petrogal pelo dito....
Por mais voltas que se dê, não vejo como ter mais entidades (e todas precisam de lucro ou pelo menos pagar contas) ao barulho optimiza coisas.... less is more
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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

Mensagem por rnlcarlov »

APHenriques Escreveu: quinta set 23, 2021 3:16 pm No caso da chargsurfing está a fazer o correto que é diferenciar preços de tempo por potência.... mas é uma rede pequena, de rentabilidade muito limitada e dirigida a DPCs, que não dependem da rentabilidade do posto directamente, mas sim com acréscimo de clientes da sua actividade ou para uso próprio de frota.
Só comparável com os postos DPC da Mobi.e.

Seja como for, a mim também não me interessa nem me parece útil a comparação com o sistema espanhol, pois até o IVA é diferente.
Falei na chargesurfing exatamente como contraponto à gestão dos DPCs da Mobie. Até neste campo a rede pública mostra que não traz nenhuma vantagem económica.

Agora acho muito útil a comparação com o sistema espanhol. Sim, o IVA é mais pequeno, mas são 2%. Parece-me um sistema muito comparável já que até partilhamos um mercado de eletricidade com eles. Eu, nas maiores redes em Portugal (Galp) fico ali quase a tocar 0,40€/kWh com um carro que carrega estupendamente em PCRs de 50kWh, e isto com desconto na tarifa de acesso às redes. Com o valor normal mais caro seria.


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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

Mensagem por pedrosilva »

E da forma que o mercado grossista de electricidade tem vindo a comportar-se nestas últimas semanas, podem contar com pressões para aumentos no próximo ano.
Seja pela taxa de carbono, preços do gás ou pura manipulação de mercado a verdade é que o preço da electricidade está fazer médias de 15 a 20 cêntimos quando o sol e vento estão fracos. Ontem na Alemanha esteve um dia brutal para as renováveis e os preços foram a zero durante o pico do sol que também coincidiu com o pico da procura.
Em Espanha o governo já ameaçou uma taxa extra sobre os lucros das empresas de electricidade caso os aumentos de preços continuem.


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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

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JLMF Escreveu: quinta set 23, 2021 10:25 pm
Inventaram uma roda quadrada e a seguir colocaram uma suspensão pneumática que pesa e custa mais do que o veículo e dizem-nos que é necessária senão sentiria-mos solavancos e tudo isto com uma máquina de propaganda montada pela Mobi.e que todos vamos pagar.
Recusam reconhecer que a roda redonda já existia.
Compreendo o teu ponto de vista, algumas coisas até concordo, mas continuo a achar que o sistema criado não sendo perfeito, como nenhum seria, tem vantagens.

Como por exemplo a possibilidade de uma pequena entidade comercial poder ser um OPC, com investimentos reduzidos e havendo utilizadores dos seus equipamentos tem a rentabilidade garantida, cobrando preços baixos.
É verdade que não vende energia, logo como OPC não tem interesse em produzi-la. Mas isso não impede que a mesma entidade ou outra não seja produtora de energia....

Mas o que nos interessa é saber se seria possível ter preços mais baratos de outra forma.

Eu posso ter um parque, cobri-lo com painéis solares ou não, contratar o fornecimento de energia, comprar e manter carregadores e cobrar aos meus clientes directamente o tempo de utilização dos mesmos, não vendendo a energia, mas vendendo tempo de utilização... tudo independente de qualquer entidade gestora .A questão é: consigo ter preços iguais ou inferiores aos da rede Mobi.e? E rentabilizar o investimento e ter algum lucro?
Se sim oporquen ão há investimentos destes? pelo menos que eu conheça...

Uma forma de conseguir isto é através de uma entidade do tipo da chargesurfing... mas porque cresce esta rede assim tão lentamente.... porque razão são poucas as empresas que tendo parques próprios preferem optar pela Mobi.e?

É certo que nos hipermercados Continente temos uma rede própria... ou a rede da Tesla também é independente... e tem preços bons para os utilizadores, mas seria rentável só por si?


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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

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APHenriques Escreveu: sábado set 25, 2021 9:42 am [youtube]https://www.youtube.com/embed/Dk8bk5ct6dc[/youtube]
Não deixa de ser interessante que a Galp tenha alertado para isto.

A maioria dos PCN instalados actualmente são de 22kW e não fazem distinção de preços entre potências. Logo, são demasiado caros para quase todos os carros. Quase só os Zoe usam esta potência.
A maioria dos novos VE são nomofásicos e os plug-in são todos. Logo todos os postos de 22kW são estupidamente caros.

Por desconhecimento, vê-se com alguma frequência plug in's ligados a PCN de 22kW. Novos UVE, com pouca experiência, usam frequentemente estes postos e até o type 2 dos PCR.

Fazendo uma simulação com o Outlander plug in de carregamento de 0 a 100%

TVD-00009 PCN 22kW 8,96€
TVD-90002 PCN 3,7kW 3,74€

Usando o type 2 de um PCR dá 23,95€

Fica o alerta....

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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

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APHenriques Escreveu: sábado set 25, 2021 12:36 pm Como por exemplo a possibilidade de uma pequena entidade comercial poder ser um OPC, com investimentos reduzidos e havendo utilizadores dos seus equipamentos tem a rentabilidade garantida, cobrando preços baixos.
É verdade que não vende energia, logo como OPC não tem interesse em produzi-la. Mas isso não impede que a mesma entidade ou outra não seja produtora de energia....
Mas neste momento acredito que as margens do OPC não sejam nada por aí além tendo em conta o investimento e manutenção necessária. Sobretudo em PCNs, que fazem pouco dinheiro se forem tarifados consoante o escalão de potência do veículo. Não poder vender energia, apenas ocupação torna o retorno do investimento mais complicado. Sim, a mesma entidade pode ser produtora, mas obriga a mais investimento para instalar mais painéis, e não pode usar essa energia directamente nos seus carregadores. Terá de ter um contrato de venda à rede, com o preço que conseguir no mercado ou nalgum contrato bilateral, vamos supor por exemplo 0,05€/kWh. Os clientes continuam ter de pagar energia+redes dos carregamentos ao CEME, não à pequena empresa. Só em evitar o custo das redes tem logo uma boa margem para reduzir custos ao cliente, mas isso só fora da mobie.

Por exemplo, para além do Continente existe a Evio, que tem para já um PCR em Viseu, num parque de estacionamento cheio de painéis. O preço é parecido ao do Continente, e não duvido que se deve em grande parte a isso.


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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

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APHenriques Escreveu: sábado set 25, 2021 12:36 pm
JLMF Escreveu: quinta set 23, 2021 10:25 pm
Inventaram uma roda quadrada e a seguir colocaram uma suspensão pneumática que pesa e custa mais do que o veículo e dizem-nos que é necessária senão sentiria-mos solavancos e tudo isto com uma máquina de propaganda montada pela Mobi.e que todos vamos pagar.
Recusam reconhecer que a roda redonda já existia.
Compreendo o teu ponto de vista, algumas coisas até concordo, mas continuo a achar que o sistema criado não sendo perfeito, como nenhum seria, tem vantagens.

Como por exemplo a possibilidade de uma pequena entidade comercial poder ser um OPC, com investimentos reduzidos e havendo utilizadores dos seus equipamentos tem a rentabilidade garantida, cobrando preços baixos.
É verdade que não vende energia, logo como OPC não tem interesse em produzi-la. Mas isso não impede que a mesma entidade ou outra não seja produtora de energia....
Um OPC com investimentos reduzidos? O OPC investe tudo o que é necessário investir para poderes carregar o teu carro, ou não?

Se o OPC, pequena entidade comercial como dizes pudesse comprar e vender eletricidade, e falo de qualquer entidade comercial já estabelecida ou não, desde que tenha espaço para colocar um posto com pagamento imediato automático de que precisaria mais?

De um CEME? Para quê?

De uma Mobi.e? Para quê?

O Modelo português é que limita a liberdade de comercio ao OPC, o obriga a vender minutos, o obriga a depender de outros para faturar (vai ser bonito), o obriga a precisar de terceiros, quartos e quintos, senão seria só OPC e cliente final.

Um OPC está para a Mobi.e como um motorista está para a UBER,
Investe tudo, assume os riscos e as despesas mas não tem carteira de clientes, não gere clientes, não fatura, não é empregado nem patrão e não sabe quando é bloqueado, porque sim a entidade gestora tem poder de bloqueio de postos e tudo com a agravante que o OPC ainda lida com CEMES a diversos níveis num só sentido.

OPC + CEME + Mobie.e são garantia de preços baixos como dizes? Fazes de propósito para não entender. Então se um OPC pudesse negociar a compra de eletricidade e vende-la diretamente com pagamento imediato seria mais caro que um serviço prestado por 3 entidades e gestão arcaica?

Um OPC com múltiplos postos poderia alem do sistema automático de pagamento imediato criar pagamentos por APP e por conta ou cartão cliente como as estações de serviço, qual seria o obstáculo?

O que me queres convencer é que na gasolina e gasóleo se tivéssemos de fazer um contrato com:
-Um CCMF (Comercializador de Combustíveis para a Mobilidade Fóssil), a Galp, Prio, BP, Cepsa, Repsol, etc., obter um cartão ou uma APP destes.
-Depois dirigirmo-nos a uma estação de serviço que assegurava o abastecimento o OES (Operador de Estação de Serviço).
-Tudo isto seria gerido por uma Petroestatal.EPE (Empresa Pública do Estado).
No final o preço do combustível ao consumidor seria garantidamente mais baixo? Porque não o fizeram?
APHenriques Escreveu: sábado set 25, 2021 12:36 pm Mas o que nos interessa é saber se seria possível ter preços mais baratos de outra forma.

Eu posso ter um parque, cobri-lo com painéis solares ou não, contratar o fornecimento de energia, comprar e manter carregadores e cobrar aos meus clientes directamente o tempo de utilização dos mesmos, não vendendo a energia, mas vendendo tempo de utilização... tudo independente de qualquer entidade gestora .A questão é: consigo ter preços iguais ou inferiores aos da rede Mobi.e? E rentabilizar o investimento e ter algum lucro?
Se sim oporquen ão há investimentos destes? pelo menos que eu conheça...
Não conheces? O Continente fez o quê e com preços a dividir por dois?

E sabes porque não vende eletricidade e tem de vender minutos? Por causa do Modelo que tu defendes.

E sabes porque não há dezenas ou centenas ou milhares de exemplos como o Continente e a vender eletricidade? Por causa do modelo que tu defendes.

E sabes porque avançou o modelo que tu defendes? Para defender a posição dos grandes comercializadores de eletricidade, que não querem concorrência com pequenas entidades ou investidores que tu dizes que não compreendes porque não aparecem.
APHenriques Escreveu: sábado set 25, 2021 12:36 pm Uma forma de conseguir isto é através de uma entidade do tipo da chargesurfing... mas porque cresce esta rede assim tão lentamente.... porque razão são poucas as empresas que tendo parques próprios preferem optar pela Mobi.e?

É certo que nos hipermercados Continente temos uma rede própria... ou a rede da Tesla também é independente... e tem preços bons para os utilizadores, mas seria rentável só por si?
Que grande confusão. acabas por responder ás tuas questões mas sem entender que só há uma resposta para as tuas duvidas.
A Mobi.e, a proibição de comercio de eletricidade pelo OPC para a mobilidade eléctrica e o modelo português são caros, serão cada vez mais caros, são um monopólio gerido pelo Estado, impedem a livre concorrência e são uma trapalhada sem saída, uma fuga em frente que vai acabar mal e dissuasora da mobilidade eléctrica.


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APHenriques
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Re: Custos de carregamento EV em postos públicos

Mensagem por APHenriques »

JLMF Escreveu: sábado set 25, 2021 6:38 pm
Que grande confusão. acabas por responder ás tuas questões mas sem entender que só há uma resposta para as tuas duvidas.
A Mobi.e, a proibição de comercio de eletricidade pelo OPC para a mobilidade eléctrica e o modelo português são caros, serão cada vez mais caros, são um monopólio gerido pelo Estado, impedem a livre concorrência e são uma trapalhada sem saída, uma fuga em frente que vai acabar mal e dissuasora da mobilidade eléctrica.
Eu não estou aqui para te convencer de nada... nem tu a mim.
E tens todo o direito de não concordar com o actual modelo. E podes expor o problema e apresentar as soluções às respectivas entidades.
Eu também não concordo com algumas coisas na actual regulamentação, mas esse é um assunto que está ser tratado e não vou discutir aqui e agora.

Não me leves a mal, mas acho que estás a partir sempre de um pressuposto errado.
O que me parece, pelo que dizes, é que o modelo CEME + OPC, poderia ser só OPC porque o CEME acrescenta custos, certo?

É preciso ter em conta que CEME é um Comercializador de Energia para a Mobilidade Eléctrica.
Podíamos não ter um CEME e ter apenas um CE (Comercializador de Energia). Ou seja, teríamos um CE + OPC.
Antigamente tinhamos um monopólio na energia. O distribuidor (EDP) vendia directamente aos clientes. Não havia possibilidade de concorrência nos preços finais.... por isso foi separada a distribuição dos comercializadores. Estes compram ao preço de revenda e vendem aos clientes finais.
Um OPC, DPC, UVE ou qualquer entidade empresarial ou particular são clientes finais. Não revendedores. Logo não faz sentido ter acesso a preços de revenda. Daqui que o comercializador de energia (seja apenas CE ou CEME) existe sempre no sistema. Seja nos Superchargers, no Continente, na Chargesurfing, Mobie, ou num qualquer carregador privado...

O que se percebeu logo de inicio é que o modelo CE + OPC implica custos mais elevados e mais responsabilidades para os OPC com reflexo directo na necessidade de reflectir esses custos aos UVE.
Se fosse legal os OPC venderem electricidade, obviamente que o fariam a preço superior ao da compra. E na parcela OPC também teriam de refletir custos acrescidos de processamento de facturação, pagamentos, entre outros operacionais, inclusive mais mão de obra. Além de que a sobrecarga de responsabilidades comercial/financeiras limitava a actividade a entidades com mais poder financeiro.
Por outro lado mantinha a actividade de CE nas mãos de grandes entidades, pois para aceder ao mercado grossista é necessário ter volume de negócios e capacidade financeira.
O que se fez foi apenas criar o estatuto de CEME (ou seja CE para a Mobilidade Electrica), permitindo que entidades comerciais bem mais modestas pudessem aceder ao mercado grossista sem tantos encargos como os CE. E desta forma conseguirem vender aos UVE a energia a tarifas equivalentes às domésticas.
Se nós carregarmos o carro num PCN que não tenha ainda custos OPC (já são poucos) pagamos +/- o mesmo que carregar em casa. Até pode ser bem menos... porque em casa temos um único contrato e nos PC pudemos conforme a hora ou dia ter vantagens em usar tarifários de CEME's diferentes.

Isto implica uma entidade que faça, de forma independente, a gestão da rede, mas é bom que se perceba que não é por isto que aumenta o custo final.

A empresa XICO DA ESQUINA, Lda. que vende sapatos, pode ser também e apenas OPC, e/ou também CEME. Nada impede. E também pode investir em painéis fotovoltaicos e vender a rede. E porque não ter também postos de carregamento no seu espaço usando também essa energia, e cobrar a utilização desses directamente aos seus clientes?

Na rede do Continente existe apenas CE + DPC. Mas não é por isso que é mais barato.
Os hipermercados Continente (DPC) tem um contrato com um CE que lhes vende a energia pelo tarifário igual ao de qualquer outra entidade para os mesmos consumos.
Essa energia alimenta toda a actividade comercial, e também os carregadores de VE. Sem distinção.
O hipermercado pode ter painéis fotovoltaicos para autoconsumo e assim reduzir a sua factura perante o CE. Independentemente se a energia vai para os carregadores ou não.
Mas o valor que os clientes pagam nos carregadores apenas cobre os custos energéticos. As tarifas por tempo foram calculadas apenas para cobrir os custos de energia. Mesmo sendo isso variável conforme a curva de carregamento de cada veiculo, foi pensada para cobrir apenas as despesas, tendo em consideração também as ofertas em cartão.
Ou seja, não dá prejuízo nem lucro directo... mas também não pretende cobrir os custos de aquisição, instalação e manutenção dos equipamentos. Estes são rentabilizado pelas vendas acrescidas da loja.
Na prática o preço é barato porque não pagamos custos OPC ou DPC apenas energia ao preço que pagaríamos em casa.
Nada disto se pode comparar com postos na via publica.

O que faz a diferença de preço entre carregamentos domésticos e os PC públicos, é que temos que pagar a actividade de OPC e todos os encargos a que estes estão sujeitos: compra, instalação, manutenção dos equipamentos, seguros taxas municipais, concessão de espaços, etc.

Se querem preços mais baixos, o que tem que fazer hoje é votar em quem nas Câmaras Municipais, Assembleias Municipais e Juntas de Freguesia, defendem activamente a mobilidade eléctrica.
E depois fazer pressão nestas entidades para que tomem medidas para que sejam instalados mais postos e livres de encargos municipais.... alguns completamente absurdos.

Esse tem sido o meu foco nas últimos intervenções junto destas entidades.

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