SW Predator GTI 60Ah - Zona Centro
Enviado: sábado fev 27, 2010 12:06 am
já comecei a rolar com a minha predator. na verdade já chegou quase há duas semanas mas tenho andado um bocado ocupado, por isso, só agora é que pude dizer qualquer coisa.
antes de mais tenho que dizer que não experimentei a mota antes de a comprar - nem esta nem nenhuma eléctrica - pelo que, as primeiras experiências foram já depois de ela me ser entregue.
primeiras impressões:
estaria a mentir se dissesse que me surpreendeu pela potência ou performances, mas também não era disso que eu estava à espera. já muito tinha sido dito sobre a velocidade que ela atingia e tinha feito a minha opção estando consciente desses valores.
já tive algumas motas (tenho ainda actualmente uma yamaha yzf 1000), mas nunca tinha tido nenhuma scooter: achei a posição de condução um bocado estranha. mais do que uma vez, ao arrancar tentei meter os pés para trás e só depois de bater com os tornozelos nas beiras dos apoios é que me apercebia do ridículo do que estava a tentar fazer.
sentia uma certa insegurança em utilizar apenas as mãos para travar, em não ter uma mudança mais baixa para reduzir ao entrar nas curvas (se bem que a travagem regenerativa faça um pouco esse papel, tem a desvantagem de ser necessário, também, travar). mas, tudo isto eram limitações minhas e não da mota e, embora sabendo isso desde o início, o tempo tem-se encarregado de o confirmar: nestas duas semanas a yamaha ainda não mudou de sítio e acho que vai continuar parada por mais algum tempo.
se, como disse, no início não fiquei muito entusiasmado, à medida que os quilómetros vão avançando, cada vez mais me vou convencendo que a yamaha, cá em casa, tem os dias contados.
lembro-me de ter escrito aqui em algum lado que nenhuma eléctrica poderia proporcionar algumas sensações conseguidas por uma ci de cento e muitos cavalos. tenho que admitir que em parte estava enganado. talvez se percam algumas sensações, mas descobrem-se outras. e talvez seja por isso que não me lembro de nos últimos tempos ter pegado na yamaha por qualquer outra razão que não fosse para ir fazer qualquer coisa a qualquer lado e agora pego na predator apenas porque me apetece ir dar uma volta com ela.
mas, passando das divagações às coisas concretas, tenho dois ou três pormenores - uns de cosmética, outros nem tanto -a precisarem de uns retoques:
1- o conta-quilómetros parcial tem vontade própria e só trabalha quando quer. a primeira vez que o tentei colocar a zero, em vez disso resolveu avançar uns quilómetros, ficando uma situação engraçada: o parcial com mais do que o total. e foi acompanhado sempre o total com alguns quilómetros de avanço. até que lá lhe pareceu que não tinha lógica andar à frente do total e parou. passados alguns quilómetros voltou a rodar mas ir a zero é que não era com ele. ao passar perto dos 100 consegui finalmente pô-lo a zero (estariam os dígitos todos próximo do 0). a partir daí funcionou algumas vezes, outras não… já falei com o orlando que se mostrou sempre muito prestável mas também não me parece que o problema seja tão grave que justifique separar-me da mota de modo que vou andando assim.
2- não sei bem o que se passa com a roda da frente. no primeiro percurso que fiz com mais de 10 quilómetros lembro-me de ter parado para verificar se havia algum “papo” no pneu. em alcatrão liso parece que estou a rodar numa estrada cheia de lombas. no princípio ainda pensei que seria mesmo assim pois as rodas são bastante menores do que estava habituado, mas depois quando os solavancos aumentaram chegando a retirar os espelhos retrovisores do sítio, fiquei quase convencido que não seria normal. ainda não consegui tirar nenhuma conclusão sobre o que poderá ser. durante os primeiros quatro ou cinco quilómetros está tudo bem, depois começa a ficar com uma trepidação esquisita, mas não tem um comportamento sempre igual. em trinta quilómetros é capaz de ter vários comportamentos diferentes: por vezes parece que está a melhorar e depois fica pior de novo. talvez uma esfera partida, rolamento gripado, sei lá… e parece ser provocado pelo aquecimento pois nos primeiros quilómetros não se nota. também já falei com o orlando que me disse que poderia ser o pneu que não estivesse correctamente alinhado com a jante. é verdade que não está certo ao milímetro, mas não me parece que seja tanto que possa causar isso. mas como vou trocar os pneus pode ser que o problema fique resolvido. se não terá que ser procurado o problema noutro lado…
3- para manter a mota em linha recta, o guiador fica com uma ligeira inclinação para a direita. esta é mesmo só cosmética, mas de qualquer modo também já está no rol das “queixinhas”.
características e autonomia:
bem… é uma predator gti de 60ah de cor bordeaux. dependendo um pouco das características da estrada, ultrapassa facilmente os 100 km/h, sem que o ponteiro do estado das baterias se “queixe”, desde que seja uma aceleração progressiva.
o carregador é de 20 amperes e ainda ando em medições, mas parece-me que carrega os cerca de 4600 watts que levam as baterias, em menos de 4 horas:
já fiz cerca de 80 quilómetros entre os 80 e os 90 km/h, não chegou a queixar-se mas não deveria ter autonomia para muito mais. carregou em seguida em 3h:15m
hoje tinha previsto fazer uma volta de 70 km, mas no regresso apanhei uma estrada submersa que me obrigou a uma volta bastante maior do que estava previsto. fiz 88 km no total, mantendo as mesmas médias. fiquei com a sensação que a menos de mil metros de casa o bms começou a cortar (notei uma falha, que embora também possa ter sido provocada por um movimento involuntário no acelerador, não é muito provável pois quando tentei acelerar de novo, o ponteiro que indica o estado das baterias desceu um bocadinho do meio pelo que a mantive com uma aceleração mínima até casa). meti-a à carga e demorou 3:45. partindo do princípio que estaria quase descarregada penso que 4 horas será o limite. quando tiver tempo vou arranjar um contador e depois farei as contas com números mais concretos…
agora falta-me ver para quanto dá, mantendo uma velocidade de 45/50 quilómetros hora. já estive mais longe de acreditar que sou capaz de o conseguir
como parece que as baterias com o uso tendem a ficar melhores e como o frio também não lhes faz muito bem, estou com boas perspectivas para os tempos que aí vêm.
alterações em curso:
como disse em questão de sensações, perde-se numas e ganha-se noutras mas há algumas que eu não gosto. gosto de sentir a roda de trás a fugir em alcatrão mas é quando isso é provocado pela aceleração e não pela falta de aderência. e em relação à roda de trás é o único caso que me lembro. quanto à roda da frente penso que não há nenhum caso em que goste. e já deu para verificar que vou ter que rever algumas atitudes pelo menos até trocar de pneus. já vêm uns pirelli sl26 a caminho. fiz negócio com a marta (não, não é a da ok teleseguro): 2 pneus mais despesas de envio por 83,99€. ainda não sei como nem onde vai ser a montagem, mas cada coisa a seu tempo…
tinha (e tenho) uma mala maxia e52 monokey da givi na yamaha. fiz uma espécie de apoio em ferro, de modo a adaptar o prato no suporte da scooter (o prato monolock parece ser mais fácil de adaptar mas para a minha mala não dá). entretanto ando a ver se compro um prato no ebay por um bom preço, e depois a mala anda de mota em mota (neste caso de mota em scooter ). um pormenor curioso é que a mala tirava mais estabilidade à yamaha do que tira à predator (aqui os mais cépticos vão dizer: pois, não se pode tirar uma coisa que não tem ). mas, brincadeiras à parte, ao fazer as curvas com a mala na yamaha, se a deitasse um bocado parecia que se queria torcer e ir a frente para um lado e a traseira para outro. na predator não noto diferença entre ir com mala e sem ela.
andei dois dias a arrancar a rampa de acesso à garagem para colocar uma tomada no muro exterior (mas, da parte de dentro, onde o cão chegue ) para não ter que estar a meter a mota na garagem sempre que quero carregar. passa a ser um ponto de carregamento permanente com um disjuntor de 16a só para aquela tomada. assim o “socas” já pode prometer mais um… (se fosse em altura de campanha, estava capaz de o convidar para vir cá inaugurá-lo, assim não deve ter interesse…)
projectos:
para já continuar a dar umas voltas até ter a certeza que não vou na estrada a 40 ou 50 quilómetros daqui e sem nenhuma razão aparente a mota deixar de andar. tenho neste momento 580 km feitos que já me dão alguma confiança.
quando ela me provar que não falha vou tentar chegar daqui à figueira da foz nem que seja a 30 à hora, mas antes disso ainda tenho que lhe conhecer melhor alguns valores.
e depois… talvez uma viagem, pelo menos para norte (uma vez que para sul, de lisboa para baixo a navegação está difícil), até à fronteira com espanha (valença, por exemplo), sozinho ou a dois…
antes de mais tenho que dizer que não experimentei a mota antes de a comprar - nem esta nem nenhuma eléctrica - pelo que, as primeiras experiências foram já depois de ela me ser entregue.
primeiras impressões:
estaria a mentir se dissesse que me surpreendeu pela potência ou performances, mas também não era disso que eu estava à espera. já muito tinha sido dito sobre a velocidade que ela atingia e tinha feito a minha opção estando consciente desses valores.
já tive algumas motas (tenho ainda actualmente uma yamaha yzf 1000), mas nunca tinha tido nenhuma scooter: achei a posição de condução um bocado estranha. mais do que uma vez, ao arrancar tentei meter os pés para trás e só depois de bater com os tornozelos nas beiras dos apoios é que me apercebia do ridículo do que estava a tentar fazer.
sentia uma certa insegurança em utilizar apenas as mãos para travar, em não ter uma mudança mais baixa para reduzir ao entrar nas curvas (se bem que a travagem regenerativa faça um pouco esse papel, tem a desvantagem de ser necessário, também, travar). mas, tudo isto eram limitações minhas e não da mota e, embora sabendo isso desde o início, o tempo tem-se encarregado de o confirmar: nestas duas semanas a yamaha ainda não mudou de sítio e acho que vai continuar parada por mais algum tempo.
se, como disse, no início não fiquei muito entusiasmado, à medida que os quilómetros vão avançando, cada vez mais me vou convencendo que a yamaha, cá em casa, tem os dias contados.
lembro-me de ter escrito aqui em algum lado que nenhuma eléctrica poderia proporcionar algumas sensações conseguidas por uma ci de cento e muitos cavalos. tenho que admitir que em parte estava enganado. talvez se percam algumas sensações, mas descobrem-se outras. e talvez seja por isso que não me lembro de nos últimos tempos ter pegado na yamaha por qualquer outra razão que não fosse para ir fazer qualquer coisa a qualquer lado e agora pego na predator apenas porque me apetece ir dar uma volta com ela.
mas, passando das divagações às coisas concretas, tenho dois ou três pormenores - uns de cosmética, outros nem tanto -a precisarem de uns retoques:
1- o conta-quilómetros parcial tem vontade própria e só trabalha quando quer. a primeira vez que o tentei colocar a zero, em vez disso resolveu avançar uns quilómetros, ficando uma situação engraçada: o parcial com mais do que o total. e foi acompanhado sempre o total com alguns quilómetros de avanço. até que lá lhe pareceu que não tinha lógica andar à frente do total e parou. passados alguns quilómetros voltou a rodar mas ir a zero é que não era com ele. ao passar perto dos 100 consegui finalmente pô-lo a zero (estariam os dígitos todos próximo do 0). a partir daí funcionou algumas vezes, outras não… já falei com o orlando que se mostrou sempre muito prestável mas também não me parece que o problema seja tão grave que justifique separar-me da mota de modo que vou andando assim.
2- não sei bem o que se passa com a roda da frente. no primeiro percurso que fiz com mais de 10 quilómetros lembro-me de ter parado para verificar se havia algum “papo” no pneu. em alcatrão liso parece que estou a rodar numa estrada cheia de lombas. no princípio ainda pensei que seria mesmo assim pois as rodas são bastante menores do que estava habituado, mas depois quando os solavancos aumentaram chegando a retirar os espelhos retrovisores do sítio, fiquei quase convencido que não seria normal. ainda não consegui tirar nenhuma conclusão sobre o que poderá ser. durante os primeiros quatro ou cinco quilómetros está tudo bem, depois começa a ficar com uma trepidação esquisita, mas não tem um comportamento sempre igual. em trinta quilómetros é capaz de ter vários comportamentos diferentes: por vezes parece que está a melhorar e depois fica pior de novo. talvez uma esfera partida, rolamento gripado, sei lá… e parece ser provocado pelo aquecimento pois nos primeiros quilómetros não se nota. também já falei com o orlando que me disse que poderia ser o pneu que não estivesse correctamente alinhado com a jante. é verdade que não está certo ao milímetro, mas não me parece que seja tanto que possa causar isso. mas como vou trocar os pneus pode ser que o problema fique resolvido. se não terá que ser procurado o problema noutro lado…
3- para manter a mota em linha recta, o guiador fica com uma ligeira inclinação para a direita. esta é mesmo só cosmética, mas de qualquer modo também já está no rol das “queixinhas”.
características e autonomia:
bem… é uma predator gti de 60ah de cor bordeaux. dependendo um pouco das características da estrada, ultrapassa facilmente os 100 km/h, sem que o ponteiro do estado das baterias se “queixe”, desde que seja uma aceleração progressiva.
o carregador é de 20 amperes e ainda ando em medições, mas parece-me que carrega os cerca de 4600 watts que levam as baterias, em menos de 4 horas:
já fiz cerca de 80 quilómetros entre os 80 e os 90 km/h, não chegou a queixar-se mas não deveria ter autonomia para muito mais. carregou em seguida em 3h:15m
hoje tinha previsto fazer uma volta de 70 km, mas no regresso apanhei uma estrada submersa que me obrigou a uma volta bastante maior do que estava previsto. fiz 88 km no total, mantendo as mesmas médias. fiquei com a sensação que a menos de mil metros de casa o bms começou a cortar (notei uma falha, que embora também possa ter sido provocada por um movimento involuntário no acelerador, não é muito provável pois quando tentei acelerar de novo, o ponteiro que indica o estado das baterias desceu um bocadinho do meio pelo que a mantive com uma aceleração mínima até casa). meti-a à carga e demorou 3:45. partindo do princípio que estaria quase descarregada penso que 4 horas será o limite. quando tiver tempo vou arranjar um contador e depois farei as contas com números mais concretos…
agora falta-me ver para quanto dá, mantendo uma velocidade de 45/50 quilómetros hora. já estive mais longe de acreditar que sou capaz de o conseguir
como parece que as baterias com o uso tendem a ficar melhores e como o frio também não lhes faz muito bem, estou com boas perspectivas para os tempos que aí vêm.
alterações em curso:
como disse em questão de sensações, perde-se numas e ganha-se noutras mas há algumas que eu não gosto. gosto de sentir a roda de trás a fugir em alcatrão mas é quando isso é provocado pela aceleração e não pela falta de aderência. e em relação à roda de trás é o único caso que me lembro. quanto à roda da frente penso que não há nenhum caso em que goste. e já deu para verificar que vou ter que rever algumas atitudes pelo menos até trocar de pneus. já vêm uns pirelli sl26 a caminho. fiz negócio com a marta (não, não é a da ok teleseguro): 2 pneus mais despesas de envio por 83,99€. ainda não sei como nem onde vai ser a montagem, mas cada coisa a seu tempo…
tinha (e tenho) uma mala maxia e52 monokey da givi na yamaha. fiz uma espécie de apoio em ferro, de modo a adaptar o prato no suporte da scooter (o prato monolock parece ser mais fácil de adaptar mas para a minha mala não dá). entretanto ando a ver se compro um prato no ebay por um bom preço, e depois a mala anda de mota em mota (neste caso de mota em scooter ). um pormenor curioso é que a mala tirava mais estabilidade à yamaha do que tira à predator (aqui os mais cépticos vão dizer: pois, não se pode tirar uma coisa que não tem ). mas, brincadeiras à parte, ao fazer as curvas com a mala na yamaha, se a deitasse um bocado parecia que se queria torcer e ir a frente para um lado e a traseira para outro. na predator não noto diferença entre ir com mala e sem ela.
andei dois dias a arrancar a rampa de acesso à garagem para colocar uma tomada no muro exterior (mas, da parte de dentro, onde o cão chegue ) para não ter que estar a meter a mota na garagem sempre que quero carregar. passa a ser um ponto de carregamento permanente com um disjuntor de 16a só para aquela tomada. assim o “socas” já pode prometer mais um… (se fosse em altura de campanha, estava capaz de o convidar para vir cá inaugurá-lo, assim não deve ter interesse…)
projectos:
para já continuar a dar umas voltas até ter a certeza que não vou na estrada a 40 ou 50 quilómetros daqui e sem nenhuma razão aparente a mota deixar de andar. tenho neste momento 580 km feitos que já me dão alguma confiança.
quando ela me provar que não falha vou tentar chegar daqui à figueira da foz nem que seja a 30 à hora, mas antes disso ainda tenho que lhe conhecer melhor alguns valores.
e depois… talvez uma viagem, pelo menos para norte (uma vez que para sul, de lisboa para baixo a navegação está difícil), até à fronteira com espanha (valença, por exemplo), sozinho ou a dois…