NovaEnergia

mar engole praias algarvias e derruba dezenas de casas
18.02.2010
idálio revez

o mar "antecipou" o programa de destruição de casas de férias que estava previsto no programa polis da ria formosa. na ilha da fuzeta, a força das ondas derrobou, nos últimos dois meses, 29 habitações de veraneio (11 nos últimos dois dias), mas a situação poderá não ficar por aqui.

dentro de duas semanas está previsto um novo ciclo de marés vivas e algumas praias da região estão ameaçadas de desaparecer - o areal do empreendimento turístico vale do lobo quase foi engolido pelo mar e o acesso principal à praia foi encerrado, por não oferecer condições de segurança.



o presidente da câmara de olhão, francisco leal, defende uma operação de "dragagens de emergência" para travar (ou adiar) a abertura de uma barra na ilha da fuzeta. "estou seriamente preocupado com a hipótese de ruptura do cordão dunar", declarou. se esse cenário se verificar, "a zona ribeirinha da fuzeta ficaria inundada, colocando em perigo pessoas e bens", frisa. no século passado, a abertura e fecho de barras fazia parte do ecossistema, só que a carga habitacional sobre as dunas não se fazia sentir. "a praia da fuzeta está a ficar muito estreita, e mesmo que o mar nos próximos dias venha a repor alguma areia, não chega para compensar o que levou", observa aquele autarca. das cerca de 40 casas que ainda estão de pé, uma dezena poderão cair já na próxima segunda-feira, altura em que se prevê um agravamento do estado do tempo.



na zona nascente da praia de faro, uma dezena de casas de pescadores está em perigo de derrocada. e no aldeamento turístico do vale do lobo é a praia que está ameaçada, há falésias a cair e o campo de golfe está a desaparecer. nada que espante o presidente da câmara de faro, macário correia, ex-secretário de estado do ambiente. "o que está a mais são as casas", observa, lembrando o desordenamento.



o programa polis da ria formosa dispõe de uma verba de 87,5 milhões de euros para requalificar os 48 quilómetros da zona mais sensível do litoral algarvio. dessa verba, 3,7 milhões destinam-se ao realojamento dos pescadores. por outro lado, a administração da região hidrográfica do algarve (arh) prevê, em parceria com os promotores do vale do lobo, investir 8,6 milhões de euros numa década, entre o forte novo (quarteira) e o vale garrão. nos anos 1998/99, para alongar a praia deste empreendimento de luxo foram investidos 2,5 milhões. macário correia, aludindo ao que se passou na costa da caparica, onde o mar também devorou praias, comenta: "gastou-se milhões e, de um dia para o outro, a natureza desmentiu o ministro [do ambiente] que prometia soluções definitivas." no algarve estão previstas operações de dragagem de "emergência" para a fuzeta, farol e ilha de tavira.

serges Escreveu:o caso da holanda, paises baixos, é a excepção!!!

e já agora que dizem os muitos mini tornados que aconteceram ultimamente?
de facto o que aconteceu na zona de torres vedras, foram vários tornados, em que a rajada mais forte foi de 260 km/h.isto é um tornado de grau 3. e tudo aconteceu durante 2h30.se não sabem o que é aguentar isto, não falem. são mini-tornados porque a sua duração é muito curta