Galp Energia com biocombustivel de segunda geração

[Brandara]

a galp energia vai apostar na produção de biocombustíveis de segunda geração. ao avançar para esta nova tecnologia, a empresa dá um contributo decisivo para a concretização dos objectivos de incorporação de 10% de biocombustíveis até 2010, contribuindo para posicionar o país na linha da frente na produção de biocombustíveis de elevada qualidade e de forma tecnologicamente avançada e eficiente.

este programa, que tem como pressuposto a obrigatoriedade de incorporação de 10% de biocombustíveis, tem como objectivo atingir as 500.000 toneladas de capacidade de produção em 2010 e será implementado de forma faseada esperando-se que a adaptação do equipamento existente permita que a refinaria do porto esteja a produzir em 2008 cerca de 100.000 toneladas. em 2009 estima-se que a produção passe para 200.000 toneladas e em 2010, já com a entrada em produção na refinaria de sines, a galp energia passará a colocar no mercado cerca de 500.000 toneladas/ano de biocombustível de segunda geração.
esta tecnologia, que posiciona a galp energia na liderança do esforço nacional de redução de emissões através da introdução de energias renováveis, permite a produção de um diesel biológico de alta qualidade, que reduz em 75% as emissões de co2, quando comparado com o diesel mineral, o que se traduz num contributo relevante para o cumprimento da resolução de quioto.

o impacto positivo da incorporação de biodiesel de segunda geração no gasóleo traduz-se, não só nas menores emissões de partículas, de hidrocarbonetos e de enxofre, como também no facto deste combustível apresentar um poder calorífero ligeiramente superior ao do diesel, com um elevado número de cetano, o que permite um melhor rendimento dos motores. sem limites de incorporação, o biodiesel de segunda geração elimina os problemas técnicos que surgem associados ao biodiesel de primeira geração, que limitam a incorporação a apenas 5% nos veículos ligeiros.

o biodiesel de segunda geração é um combustível renovável, produzido a partir de qualquer óleo vegetal, pelo que a medida a implementar pela galp energia representa a diversificação das fontes de energia e a respectiva redução da dependência energética.


investimentos no aparelho refinador da galp energia

esta estratégia implicará um investimento total de aproximadamente 225 milhões de euros, dos quais cerca de 50 milhões correspondem a investimentos na refinaria do porto, onde se adaptará e alterará o equipamento existente, e o restante será aplicado na refinaria de sines, na construção de uma unidade com a nova tecnologia. estes investimentos acrescem aos anunciados em janeiro último, o que perfaz um investimento total de 1645 milhões de euros até 2010 no aparelho refinador da galp energia.

a estratégia assim resumida coloca a galp energia na vanguarda europeia na incorporação de biocombustíveis. este posicionamento estratégico da galp energia é suportado por uma importante parceria com o ineti, com o qual pretendemos desenvolver no país um sector de referência e de excelência de tecnologias de biocombustíveis.

a tecnologia a ser implementada consiste num processo de hidrogenação e isomerização de óleos, o que permite à galp energia entrar na produção deste biodiesel com competitividade e rapidez, desenvolvendo um pólo de energias renováveis no seu core business.

fonte: http://www.galpenergia.com

[RED BARON]

brandara

muito obrigado pela informação aqui exposta, penso que neste aspecto portugal está a ficar à frente de alguns paises mais desenvolvidos economicamente.

dá para explicar quais as diferenças entre a primeira geração e a sugunda geração de biodiesel? é a primeira vez que ouço falar em biodiesel de segunda geração.

[Melobanha]

é isso mesmo que também me interrogo e, ainda acrescentaria qual o porquê do bio da primeira geração só poder ser incorporado na precentagem de 5% e já o de segunda geração ser incorporado a 10%.

[Brandara]

o biocombustivel de primeira geração é o biodiesel sem ter o processo de hidrogenação e isomerização, no de segunda geração estes processos já estão incluidos na preparação do biodiesel, a razão pela incorporação de 10% prende-se (penso eu) pela menor agressividade aos elastómeros, daí poder aumentar-se a percentagem de incorporação.