Crambe - A nova aposta do Biodiesel

[Percy Willander]

uma nova planta vem despertando a curiosidade de interessados em biocombustíveis. é o crambe, uma forrageira que há pouco tempo era utilizada apenas para cobertura de solo no inverno. descobriu-se que contém cerca de 33% de óleo em seu fruto, e o cultivo é muito perene, levando cerca de 90 dias todo o ciclo, desde o plantio até a colheita. um hectare de crambe rende até 1.500 kg de grãos.

em minha região (vale do itajaí - santa catarina), há muita rizicultura. cerca de 90% do arroz plantado em santa catarina é no sistema irrigado. a safra do arroz vai de setembro a fevereiro, quando então é feita e rebrota e colhida até meados de março ou abril. assim, durante o período de abril a agosto, as terras de rizicultura ficam ociosas.

pesquisei muito sobre o crambe, e percebi que é uma planta muito tolerante a estresse hídrico, bem como a geadas e alterações climáticas. como nessa época do ano em que as riziculturas estão ociosas (início do inverno), nenhuma outra planta tolera o frio que faz nesta região do vale do itajaí, ou não poderia ser produzida em terras úmidas de rizicultura, e portanto, tive a iniciativa neste mês de maio, de utilizar um hectare de rizicultura para plantio do crambe.

estou acompanhando os resultadados diariamente, e caso o crambe se desenvolva satisfatoriamente, tenho intenção de reunir os produtores de arroz da minha região para propor o cultivo de crambe durante a entressafra do arroz, oportunizando uma cultura de safrinha nas riziculturas, nunca existente até então.

os benefícios trazidos pelo crambe incluem a renovação de nutrientes para as riziculturas, dispensando um grande volume de corretivo de solo para a próxima safra de arroz, além da cobertura do solo no período mais frio do ano, protegendo os componentes existentes na terra, além de tornarem-se produtivas.

como os rizicultores dependem muito de máquinas (tratores, colheitadeiras, etc), todos movido a diesel, a aposta é trocar o crambe colhido nas riziculturas na safrinha por oleo diesel produzido a partir da planta, na proporção de 1 (um) litro de oleo diesel para cada 12 kg de crambe colhido, sendo que fornecerei as sementes, não necessitando de nenhum tipo de adubação, apenas a mecanização de semeadura e posteriormente a colheita.

caso alguem possa me ajudar, estou aberto para debatermos sobre o tema.

grande abraço a todos.

[GabrielFerreira]

cara, tenho muito interesse nessa sua experiencia, se puder, entra em contato comigo para trocarmos algumas informacoes. [email protected] pode ser email, ou msn.

conheci o crambe e fiquei um pouco encucado com seu potencial. minha familia eh da rizicultura tambem.

obrigado