Ecoparque da Chamusca vai receber fábrica de bio-combustível

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luimio
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Ecoparque da Chamusca vai receber fábrica de bio-combustível

Mensagem por luimio »

está orçada em 75 milhões de euros e vai consumir 200 mil toneladas de milho por ano

ecoparque da chamusca vai receber fábrica de bio-combustível

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transformar milho transgénico em combustível é a empreitada a que deitou mãos o empresário joão amaral netto. o investidor quer instalar no ecoparque do relvão, no concelho da chamusca, uma unidade fabril que prevê a criação de quarenta postos de trabalho.

o empresário joão amaral netto pretende instalar uma unidade de bio-combustíveis na chamusca. a ideia é aproveitar a produção de cereais, nomeadamente milho, para produzir etanol e biodiesel, combustíveis que serão refinados e utilizados na produção de gasolina e gasóleo, respectivamente. o projecto começou a tomar forma na cabeça de joão amaral netto há cerca de dois anos, quando assistiu a um colóquio organizado pela apro-milho – associação nacional dos produtores de milho, em que foi apresentada uma comunicação sobre os bio-combustíveis. logo sentiu que o projecto era indispensável para a região e tinha características para ser viabilizado. fez contactos com dois grupos empresariais que entretanto decidiram desenvolver os projectos em sines e setúbal.

depois destes reveses, o empresário decidiu avançar por conta própria e desenvolver o projecto sozinho. foi assim que nasceu a cobin – combustíveis biológicos internacionais, lda. uma empresa com sede na chamusca e delegação em lisboa. os acordos com as associações de produtores para a produção de milho e biomassa estão desenvolvidos e a tecnologia necessária está identificada em fornecedores nacionais e internacionais. a empresa mantém igualmente contactos com a galp para garantir o escoamento do bio-combustível.

a cobin irá instalar-se no ecoparque do relvão, situado na freguesia da carregueira, concelho da chamusca. uma localização justificada pela existência de matérias-primas, nomeadamente milho, em quantidades suficientes, além da biomassa indispensável ao funcionamento da unidade industrial. a proximidade da estação de caminho-de-ferro, indispensável para o transporte do bio-combustível para a refinaria, e a existência de água em abundância são outros factores

joão amaral netto estima que para construir uma unidade deste tipo e tornar o projecto rentável são necessários 75 milhões de euros. o empresário garante que há empresas nacionais muito sólidas interessadas em participar no negócio e confia plenamente que não será complicado garantir o investimento necessário para avançar com o processo. a região tem a vantagem do sistema de produção de milho estar bastante desenvolvido. os pivots estão comprados, os sistemas de regas montados e, embora alguns estejam desactivados, a sua reactivação é relativamente simples.

o milho que será utilizado na produção do bioetanol será transgénico mas amaral netto garante que não trará qualquer prejuízo para o ambiente. diz mesmo que já apresentou o projecto à associação ambientalista quercus, que deu luz verde à utilização deste tipo de milho, uma vez que não será introduzido na cadeia alimentar. o único problema que poderá haver é a contaminação de terrenos vizinhos mas a cobin, através da ligação às associações de produtores, vai apoiar medidas para ultrapassar esses eventuais impactos.

todo este processo necessita de um vasto leque de licenciamentos mas também aí não deverão existir problemas. além dos impactos positivos deste tipo de indústria no ambiente, a câmara da chamusca, da qual amaral netto é vereador (psd), está a par do processo desde o seu início e vê-o como um projecto estruturante para a região. a introdução dos biocombustíveis na produção de gasolina e gasóleo é exigida pela união europeia e tem tendência a aumentar, pelo que este negócio não deverá ter dificuldades em subsistir.
http://semanal.omirante.pt/index.asp?id ... on=noticia

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